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Eleições

Inteligência dos EUA diz que China não quer Trump reeleito

O Irã também tenta "debilitar" o atual presidente americano, enquanto a Rússia está interferindo para causar danos à campanha de Joe Biden

Presidente dos Estados Unidos, Donald TrumpPresidente dos Estados Unidos, Donald Trump - Foto: Drew Angerer/Getty Images via AFP

A China preferiria que Donald Trump, considerado por Pequim um personagem "imprevisível", perdesse a reeleição nas presidenciais americanas de novembro e "incrementou seus esforços de ingerência" com vistas à votação, avaliaram nesta sexta-feira (7) os serviços de Inteligência dos Estados Unidos.

O Irã também tenta "debilitar" o atual presidente americano, enquanto a Rússia está interferindo para causar danos à campanha do adversário democrata de Trump, Joe Biden, informou em um comunicado William Evanina, diretor do Centro Nacional de Contra-inteligência e Segurança (NCSC).

"Avaliamos que a China prefere que o presidente Trump, considerado por Pequim como imprevisível, não ganhe as eleições", disse William Evanina, diretor do Centro Nacional de Contrainteligência e Segurança. "A China vem expandindo seus esforços de influência antes de novembro de 2020 para delinear o ambiente político nos Estados Unidos, pressionando figuras políticas que considera opostas aos interesses da China, e desviando as críticas à China", afirmou Evanina em declaração. 

"Pequim reconhece que todos esses esforços podem afetar a campanha presidencial", ressaltou Evanina. 

Trump mostrou satisfação com o alerta recebido. "A China adoraria que tivéssemos uma eleição em que Donald Trump perdesse para o sonolento Joe Biden", declarou o presidente a jornalistas. "Eles sonham com isso, se tornariam os donos de nosso país".

Segundo o funcionário, o Irã está espalhando desinformação nas redes sociais para dividir o país e afetar Trump, enquanto a Rússia interfere para prejudicar a campanha de seu oponente democrata, Joe Biden. "A Rússia está usando uma série de medidas para difamar o ex-vice-presidente Biden e o que considera um 'establishment' anti-russo", explicou Evanina. "Isso é consistente com as críticas públicas que Moscou fez dele quando era vice-presidente por seu papel nas políticas em relação à Ucrânia durante o governo Obama e seu apoio à oposição anti-Putin na Rússia", disse ele. 

Evanina, alto-funcionário de inteligência que monitora as ameaças eleitorais, não entrou em detalhes sobre a interferência externa.

A inteligência americana descobriu que uma intensa campanha de hackers e nas redes sociais, liderada pela Rússia em 2016, ajudou Trump a vencer a democrata Hillary Clinton. "Os esforços estrangeiros para influenciar ou interferir em nossas eleições são uma ameaça direta à estrutura de nossa democracia", finalizou Evanina. 

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