Internações de gestantes e puérperas por Srag têm aumento de 207%; alta por Covid é de 62%
Com apagão de dados do Ministério da Saúde, ainda não estão disponibilizados dados do mês de dezembro
Dados do Observatório Obstétrico Brasileiro (OOBr) apontam um aumento de 207% no número de internações de gestantes e puérperas (mulheres no período pós-parto) por Síndrome Aguda Grave (SRAG) no início de 2022, comparando com novembro do ano passado. Considerando apenas casos confirmados de SRAG por Covid-19 o aumento é de 62%. Com apagão de dados do Ministério da Saúde, ainda não estão disponibilizados dados do mês de dezembro.
O observatório obstétrico é mantido pela Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
O aumento de internações foi constatado após o restabelecimento da plataforma do DataSUS, que foi afetada com apagão após ataque hacker. Para o OObr, a disponibilização dos dados evidencia “ o quanto as estatísticas são essenciais para o planejamento das ações no sistema de saúde, assim como para esclarecer e orientar a população sobre os rumos da pandemia.
Leia também
• Gripe e Covid afastam doadores de sangue; Banco Hemato está em situação crítica
• Cantora tcheca antivacina morre após contrair Covid-19 de propósito
• 'Galinha Vacinadinha' estrela campanha de incentivo à vacinação infantil contra Covid em SP
Os dados do DataSUS são usados pelas secretarias de todo país e pesquisadores para avaliar o cenário da pandemia. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negar que sua ausência deixe o monitoramento "no escuro". A informação da pasta é que o retorno dos dados seria gradual.
"Lamentavelmente, retornamos agora à situação vivenciada no mês de julho de 2021 em relação ao número de internações por semana epidemiológica. O mais grave é que estamos observando uma curva ascendente”, diz a nota do OObr.
De acordo como o observatório, a proporção de casos de internações em UTI é menor, “provavelmente fruto da vacinação”.
A avaliação é que a estatística mostra um alerta aos gestores com aumento de casos de Covid em gestantes e puérperas, para que preparem uma estrutura para atenção a este público. Outro ponto destacado, é reforçar a necessidade de vacinação completa para evitar mortes.