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Internet

Internet a bordo vira a estrela das companhias áreas

A oferta de Internet para passageiros fará um salto qualitativo a partir de 2025

Companhias aéreas de todo o mundo, como Delta, United, Japan Airlines e Air France, anunciaram nas últimas semanas o início ou ampliação das suas ofertas de conexão a bordoCompanhias aéreas de todo o mundo, como Delta, United, Japan Airlines e Air France, anunciaram nas últimas semanas o início ou ampliação das suas ofertas de conexão a bordo - Foto: Instagram/Reprodução

A conexão à Internet nos aviões, antes cara e pouco confiável, tornou-se um produto atrativo para algumas companhias aéreas, que aproveitam os recentes avanços tecnológicos para oferecer um serviço "como o de casa".

Companhias aéreas de todo o mundo, como Delta, United, Japan Airlines e Air France, anunciaram nas últimas semanas o início ou ampliação das suas ofertas de conexão a bordo.

Algumas empresas oferecem "wi-fi de altíssima velocidade e totalmente gratuito", algo notável para um setor acostumado a cobrar por serviços como bagagem e seleção de assentos.

A oferta de Internet para passageiros fará um salto qualitativo a partir de 2025, segundo Fabien Pelous, diretor de qualidade de serviço da Air France, que reconhece que até agora "não havia sido satisfatória".

"Observamos a situação do mercado e há novos atores, como a Starlink, que oferecem por meio de uma tecnologia diferente (…) um nível de qualidade quase equivalente ao da Internet em casa", explicou.

As primeiras experiências de Internet a bordo datam de 2004 com a Boeing e a Lufthansa. Desde então, grupos como ViaSat, Panasonic e Thales desenvolveram produtos para centenas de aeronaves.

Constelações de satélites como as do Starlink "mudaram as regras do jogo", segundo Seth Miller, do site PaxEx, especializado em companhias aéreas.


Fonte de conflito?
Isso permitirá aos clientes personalizarem ainda mais suas viagens.

"Não dependemos mais da lista de filmes da companhia, podemos ter acesso ao Amazon Prime, à Netflix", diz Paul Chiambaretto, professor da Montpellier Business School.

Mas o "gratuito" deve ser colocado em perspectiva, esclarece Joe Leader, diretor-geral da Airline Passenger Experience Association (Apex, Associação de Qualidade de Serviço aos Passageiros de Companhias Aéreas), com sede nos Estados Unidos.

Delta, United e Air France reservam a conexão de alta velocidade para membros de seus programas de fidelidade. A adesão é gratuita, mas abre um novo campo para suas operações de mercado.

"Nossos amigos da Delta disseram publicamente que um em cada oito novos membros do programa SkyMiles acaba usando o cartão de crédito Delta, que compensa o custo da internet para outros sete passageiros", explica Leader.

Alguns clientes optarão por não se cadastrar e pagar pela conexão, prevê. Por isso, a Apex também aconselha as empresas a manterem esta alternativa. Na Air France, a instalação do wi-fi da Starlink em suas mais de 220 aeronaves levará tempo e representa um investimento de "milhões de euros", segundo Pelous.

Mas a chegada da banda larga colocará novos desafios às empresas e a seus funcionários, às vezes expostos a passageiros indisciplinados e a conflitos entre vizinhos de assento. Leader adverte que "as empresas devem garantir o cumprimento das regras de civilidade antes de permitir um 'Far West' de conversas interconectadas".

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