EUA

Investigação sobre ataque ao Capitólio dos EUA terá audiências públicas em junho

Conclusões será divulgadas durante a campanha eleitoral de meio mandato, ainda este ano

Capitólio, nos Estados UnidosCapitólio, nos Estados Unidos - Foto: Chip Somodevilla/Getty Images via AFP

O comitê que investiga o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos informou, nesta quinta-feira (28), que planeja iniciar audiências públicas em junho e divulgará suas conclusões durante a campanha eleitoral de meio de mandato, ainda este ano.

Ao longo de 8 audiências, testemunhas-chave questionadas por um comitê do Congresso deporão em público pela primeira vez no caso de suposta conspiração que levou à insurreição de 6 de janeiro de 2021 e aos eventos desse mesmo dia.

"Vamos contar a história do que aconteceu", disse Bennie Thompson, presidente do comitê da Câmara que investiga os eventos.

"Vamos usar uma combinação de testemunhas, provas, coisas que temos entre dezenas de centenas de provas, bem como centenas de testemunhas que testemunharam ou com quem conversamos em geral", acrescentou.

Espera-se que as audiências sejam um sucesso na televisão – potencialmente como as de Watergate ou as acusações de impeachment contra Donald Trump – enquanto o país revive minuto a minuto o dia em que uma multidão de apoiadores do derrotado Trump sitiou o Congresso para impedir a transferência pacífica do poder após as eleições de novembro de 2020, vencidas por Joe Biden.

A bancada de sete democratas e dois republicanos vai investigar a suposta responsabilidade de Trump nos atos de violência devido às suas declarações falsas sobre fraude eleitoral, como parte de um complô ilegal para permanecer no poder.

Trump e seu círculo íntimo negam as alegações de irregularidades, caracterizando sua desinformação eleitoral e supostas maquinações para anular os resultados como uma tentativa de boa-fé de desvendar a corrupção generalizada.

A base leal a Trump argumenta que esta investigação é uma "caça às bruxas" para distrair o país do aumento da inflação e da crise de imigração, antes das eleições de novembro, nas quais os democratas podem perder o controle do Congresso.

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