Irã anuncia sanções contra instituições da UE
Em 17 de outubro, a UE adotou sanções contra a polícia da moral e onze líderes iranianos
O Irã anunciou nesta quarta-feira (26) sanções contra instituições, pessoas e meios de comunicação da União Europeia (UE), em resposta às medidas punitivas impostas recentemente pelo bloco comunitário contra líderes iranianos acusados de reprimir os protestos após a morte de Mahsa Amini.
O Irã tem sido abalado por protestos desde a morte, em 16 de setembro, desta jovem curda iraniana, que morreu três dias depois de ser detida em Teerã pela polícia da moral por quebrar o rígido código de vestimenta do país, que prevê o uso do véu em público.
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Dezenas de pessoas, principalmente manifestantes, mas também membros das forças de segurança, morreram durante as manifestações. Outras centenas, incluindo mulheres, foram presas.
Em 17 de outubro, a UE adotou sanções contra a polícia da moral e onze líderes iranianos, incluindo o ministro das Telecomunicações, acusando-os de envolvimento na repressão.
Em resposta, o ministério das Relações Exteriores do Irã anunciou em nota sanções contra oito instituições e doze pessoas radicadas na Europa por "apoiar grupos terroristas, incitar a violência e provocar distúrbios, violência e atos terroristas" no Irã.
Na lista de sancionados pelo Irã estão o The International Committee in Search of Justice (ISJ), a Liga Internacional contra o Racismo e o Antissemitismo (LICRA) e as versões em persa da Deutsche Welle e da rádio France International.
Também constam parlamentares e políticos europeus e franceses e dois responsáveis do jornal alemão Bild.
As sanções incluem a proibição de vistos e a "apreensão de seus bens e ativos no território sob a jurisdição do Irã", segundo o ministério.