Irã bombardeará 'toda a infraestrutura' de Israel se for atacado, diz chefe do Estado-Maior
Israel e EUA ameaçam responder ao ataque de terça-feira
O Irã bombardeará “todas as infraestruturas” de Israel se for atacado em retaliação ao lançamento de mísseis contra o território israelense. O alerta foi feito nesta quarta-feira (2) pelo general Mohammad Bagheri, chefe do Estado-Maior do Exército da República Islâmica.
“Se o regime sionista, que enlouqueceu, (...) quiser continuar com esses crimes ou agir contra a nossa soberania e a nossa integridade territorial, uma operação como a desta noite (de terça-feira) será repetida com maior intensidade e todas as infraestruturas serão atingidas", disse Bagheri à TV estatal iraniana.
Por sua vez, Israel - e seu aliado norte-americano - ameaçaram responder ao ataque do Irã, que disparou cerca de 200 mísseis contra o território israelense para vingar o assassinato dos líderes do movimento libanês Hezbollah e do Hamas palestino.
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O ataque iraniano, o segundo do gênero em quase seis meses, “terá consequências”, reagiu o porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari. “Temos planos e agiremos onde e quando decidirmos”, acrescentou.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descreveu na terça-feira o ataque iraniano como um “erro grave” e garantiu que Teerã “pagará” o preço da agressão. “Quem nos ataca, nós atacamos de volta”, frisou.
O porta-voz militar israelense anunciou, na manhã de quarta-feira (hora local), que a força aérea de seu país “continuará a bombardear fortemente o Oriente Médio”.
Os Estados Unidos, que ajudaram o seu aliado a “derrubar mísseis iranianos”, afirmaram que querem “coordenar” com os israelenses uma resposta a seu arquiinimigo iraniano.
“Os Estados Unidos apoiam totalmente, totalmente, totalmente Israel”, declarou o presidente Joe Biden.
O Conselho de Segurança da ONU se reunirá de urgência nesta quarta-feira para discutir a escalada das hostilidades na região, o cenário de uma guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza e as incursões israelenses contra o Hezbollah no Líbano.