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guerra no oriente médio

Irã condena ataque de Israel contra embaixada na Síria e diz que ação "não ficará sem resposta"

Ebrahim Raisi, presidente do Irã, prometeu retaliar bombardeio israelense após grandes protestos se espalharem pelas cidades iranianas pedindo uma ação enérgica

O presidente do Irã, Ebraim Raisi, prometeu retaliação ao ataque de IsraelO presidente do Irã, Ebraim Raisi, prometeu retaliação ao ataque de Israel - Foto: Iranian Presidency/AFP Photo

O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou, nesta terça-feira (2), que os ataques aéreos de Israel contra a embaixada do país em na Síria "não ficarão sem resposta". Ao menos sete militares iranianos morreram na ação, incluindo o general Mohammad Reza Zahedi, comandante das Forças Quds, braço da Guarda Revolucionária do Irã para ações no exterior.

O ataque israelense foi direcionado a uma parte do complexo da Embaixada do Irã em Damasco. Três generais da Força Quds e quatro outros funcionários morreram, tornando-o um dos ataques mais mortíferos da guerra paralela entre Israel e o Irã.

Raisi disse que foi um "ataque desumano, agressivo e desprezível" e também uma "violação descarada do direito internacional", em comentários à agência iraniana Tasnim. Ele acrescentou que a questão não ficará sem resposta, mas não deu detalhes sobre como o Irã poderá responder, acrescentando que "dia após dia, testemunhamos o fortalecimento da frente de resistência e o desgosto e o ódio das nações livres contra a natureza ilegítima (de Israel)". O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, advertiu que “o maldoso regime sionista será punido”.

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir Abdollahian, disse em uma postagem no X (antigo Twitter) que o Irã convocou o embaixador suíço depois da meia-noite, horário local, e pediu que uma mensagem importante fosse entregue a Washington: que, como aliado de Israel, os “EUA devem responder” pelas ações do país do Oriente Médio. A Suíça atua como representante americano na ausência de relações diplomáticas entre Teerã e Washington.

O porta-voz da liderança do Parlamento do Irã, Seyyed Nezamoldin Mousavi, disse à imprensa estatal iraniana que "uma resposta apropriada é um pedido nacional do povo do Irã". Apoiadores do governo saíram às ruas pedindo uma ação contra Israel.

Em várias cidades do iranianas, incluindo Teerã, Tabriz e Isfahan, multidões reuniram-se agitando bandeiras palestinas e iranianas e exigindo vingança. De acordo com reportagem do New York Times, eles gritavam “morte a Israel” e “morte à América”.

O atentado, atribuído a Israel, contra a secção consular da embaixada iraniana em Damasco, deixou onze mortos, sete dos quais eram da Guarda Revolucionária Iraniana. Os ataques incluíram “seis mísseis disparados por caças F-35”, segundo Teerã, e foram os primeiros dirigidos contra um edifício diplomático iraniano na Síria, onde o país apoia o governo do presidente Bashar al-Assad.

O Conselho de Segurança da ONU marcou para terça-feira uma sessão pública sobre o ataque, solicitada pelo representante russo junto do organismo, Dmitri Polianski, citado pela agência noticiosa oficial TASS. O Irã apelou ao Conselho de Segurança para “condenar este ataque terrorista perpetrado pelo regime israelense nos termos mais fortes possíveis”.

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