Irã liberta duas jornalistas presas por cobrir a morte de Mahsa Amini
Uma foto e um vídeo das duas jornalistas fora da prisão, sorrindo e se cumprimentando, foram publicados nas redes sociais
As autoridades do Irã soltaram, neste domingo (14), sob fiança, duas jornalistas iranianas presas em 2022 por cobrirem o caso de Mahsa Amini, cuja morte desencadeou uma onda de protestos, anunciaram veículos de comunicação locais.
Niloufar Hamedi, de 31 anos, e Elaheh Mohamadi, de 36, "foram temporariamente soltas sob fiança da prisão de Evin" em Teerã, anunciaram o jornal reformista Shargh e um de seus advogados.
Uma foto e um vídeo das duas jornalistas fora da prisão, sorrindo e se cumprimentando, foram publicados nas redes sociais.
Ambas foram condenadas a penas de prisão por colaborarem com os Estados Unidos, conspirarem contra a segurança do país e fazerem propaganda contra a República Islâmica.
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Mahsa Amini, uma mulher curda de 22 anos, morreu sob custódia policial em 16 de setembro de 2022.
Três dias antes, ela havia sido detida pela polícia em Teerã, acusada de violar o código de vestimenta da República Islâmica, que exige, entre outras coisas, que as mulheres usem véu em público. Sua morte deflagrou uma onda de protestos em todo o país.
As duas jornalistas foram presas poucos dias após a morte de Amini. Elas estão proibidas de deixar o país e podem permanecer fora da prisão até o julgamento de apelação, cuja data é desconhecida, informou a agência de notícias Fars.