conflito

Iraque condena ataque dos EUA contra um grupo pro-iraniano em Bagdá

Ataque matou Abu Baqir Al Saadi, um comandante das Brigadas Hezbollah

Membros da Hashed al-Shaabi do Iraque carregam o caixão de Abu Baqr al-Saadi, líder do Kataeb Hezbollah, que foi morto num ataque realizado por um drone americanoMembros da Hashed al-Shaabi do Iraque carregam o caixão de Abu Baqr al-Saadi, líder do Kataeb Hezbollah, que foi morto num ataque realizado por um drone americano - Foto: Ahmad Al Rubaye/AFP

O Iraque condenou nesta quinta-feira (8) o ataque com drones dos Estados Unidos em Bagdá, no qual um comandante de um grupo armado pró-iraniano foi morto, e acusou a coalizão antijihadista, liderada por Washington, de ser um "fator de instabilidade".

Durante a noite de quarta-feira (7), um ataque com drones contra um carro, que circulava pela capital do país, matou Abu Baqir Al Saadi, um comandante das Brigadas Hezbollah.

Washington responsabiliza o grupo pelos ataques contra interesses dos Estados Unidos, como o ataque aéreo que matou três soldados americanos na Jordânia, perto da fronteira com a Síria, em janeiro.

O ataque aumenta ainda mais a tensão entre as autoridades iraquianas e os Estados Unidos, que recentemente bombardearam alvos no Iraque e na Síria, no contexto de represálias contra os grupos armados pró-iranianos no Iraque.

Na quarta-feira, o exército dos Estados Unidos confirmou que havia matado "um comandante das Brigadas Hezbollah, diretamente responsável por planejar e participar de ataques contra as forças americanas na região".

Por sua vez, as autoridades iraquianas condenaram um "assassinato" e criticaram a coalizão internacional antijihadista liderada por Washington, implantada no Iraque e na Síria para combater o grupo Estado Islâmico (EI).

"A coalizão internacional ultrapassa totalmente as razões e os objetivos pelos quais está em nosso território", lamentou o general Yehia Rasool, porta-voz militar do primeiro-ministro iraquiano, Mohamed Chia al-Sudani.

O Irã também repudiou o ataque dos Estados Unidos, afirmando que a continuação desse tipo de ato é "uma ameaça à paz e segurança regionais e internacionais", segundo um comunicado do porta-voz da diplomacia iraniana, Nasser Kanani.

O primeiro-ministro iraquiano já começou a debater com os Estados Unidos sobre o futuro da coalizão, com a esperança de estabelecer um cronograma de retirada.

Os Estados Unidos têm 2.500 soldados implantados no Iraque, no âmbito da coalizão internacional, criada em 2014.

As tropas têm a missão de fornecer assistência e aconselhamento às forças iraquianas e evitar o ressurgimento da organização jihadista.

Veja também

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela
Venezuela

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios
Queimadas

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios

Newsletter