Irmão nega que personal trainer executado em Petrolina teve relação com ex-companheira de PM
Giorgenes Diniz deu entrevista exclusiva ao colunista da Folha de Pernambuco Carlos Britto, nesta quarta-feira (23)
Giorgenes Diniz, irmão do personal trainer executado na última segunda-feira (21) em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, negou relação de Giovanny Diniz com a ex-companheira do policial militar suspeito de cometer o crime.
Giorgenes deu o depoimento em entrevista exclusiva ao colunista da Folha de Pernambuco Carlos Britto, nesta quarta-feira (23).
Leia também
• Recife recebe convite e vai integrar aliança global sobre aumento do nível do mar
• Petrolina: policial militar suspeito de matar personal trainer é preso nesta terça-feira (22); entenda o caso
• Personal trainer é morto a tiros em frente à residência dele, em Petrolina; em fevereiro, ele perdeu a esposa, vítima de choque
Em luto, o irmão relatou que tinha uma relação muito próxima com o personal trainer. "Eu sempre fui um irmão muito próximo de Giovanny, de contar tudo", disse.
Segundo o irmão do personal trainer, o motivo para a morte de Giovanny Diniz seria de ciúmes do policial militar com a ex-companheira.
"Rolou o ciúme desse rapaz que se diz policial do meu irmão com Marília, que, por sinal, é uma pessoa sensacional. Rolaram boatos que ela estaria grávida e que meu irmão estaria com ela, tudo mentira", iniciou.
"De antemão, eu digo que meu irmão não tinha nada com Marília. Eu sei disso porque eu sabia de tudo dele", destacou Giorgenes.
Giorgenes Diniz contou, na entrevista, que sabia das ameaças constantes que o personal trainer sofria.
"Procuramos parentes nossos da polícia para conversar com ele. O policial militar negou todas as conversas, não acreditava que não existia nada [entre o personal e a ex-companheira]. Meu irmão, para evitar confusão, parou de dar aula para ela. Marília mudou de academia".
O irmão também comentou que o personal trainer chegou a pensar em comprar uma arma para se defender. "A primeira vez que eu senti na vida de comprar uma arma para me defender", teria dito Giovanny meses antes da execução.
Personal deixa filhos e mulher grávida
Giovanny tinha três filhos pequenos, 1, 2 e 6 anos. Ele cuidava das crianças sozinho após a morte da sua mulher em fevereiro deste ano.
O personal trainer foi hospitalizado ao tentar salvar a esposa, que sofreu um choque elétrico ao manusear o varal da residência do casal.
A mulher de Giovanny, que também era personal, não resistiu e faleceu. Ele chegou a ser hospitalizado.
Ainda na entrevista ao colunista Carlos Britto, o irmão do personal revelou que ele estava esperando mais um filho. "Tem uma mulher grávida do meu irmão, que vai ser meu sobrinho ou sobrinha. É Sabrina o nome da mulher. Temos agora quatro crianças para cuidar", disse Giorgenes.
Como está a investigação?
O policial militar de 35 anos, principal suspeito de matar Giovanny e que não teve o nome revelado, foi preso nessa terça-feira (22).
O crime ocorreu em frente à residência da vítima, na Vila Mocó.
De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), a prisão do suspeito aconteceu por meio da 25ª Delegacia de Homicídios de Petrolina.
"O acusado é um policial militar e, por ser um crime comum e não militar, as investigações do caso ficarão a cargo da Polícia Civil. No âmbito da PMPE, será instaurado um processo administrativo", informou a PCPE.
Em vídeos que circularam nas redes sociais, foi possível ver que a ação contou com, ao menos, sete disparos. Giovanny tentou se defender dando chutes no criminoso, mas não conseguiu e morreu no local.