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Isolamento de líder palestino preso em Israel preocupa grupo de defesa

Aos 65 anos, é regularmente citado como um possível sucessor do presidente palestino, Mahmoud Abbas

Israel Israel  - Foto: Jalaa Marey / AFP

Um grupo de defesa de prisioneiros palestinos declarou, nesta segunda-feira (19), que teme pela vida de Marwan Barghouti, o mais famoso de todos, que foi transferido de prisão e está em isolamento nos últimos dias.

Barghouti, importante liderança do Fatah, foi condenado à prisão perpétua por assassinatos e por seu papel em uma série de ataques anti-israelenses no início dos anos 2000. Detido em Israel há quase 20 anos, é considerado a personalidade política mais popular nos territórios palestinos.

Aos 65 anos, é regularmente citado como um possível sucessor do presidente palestino, Mahmoud Abbas, apesar de estar preso.

Na última quarta-feira, o ministro israelense de Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir (extrema direita), comemorou, por meio da rede social X, a transferência de Barghouti “para a prisão de Ofer, em isolamento”, devido a uma “agitação” prevista. “Acabou-se o tempo em que os terroristas dirigiam as prisões”, acrescentou.

O responsável pelos presos da Autoridade Palestina, Qadura Fares, indicou nesta segunda-feira em comunicado que Barghouti foi transferido de penitenciária três vezes em dois meses.

Devido aos “repetidos traslados em celas de isolamento”, e já que “seus advogados não podem mais vê-lo, tememos verdadeiramente por sua vida”, disse Fares na nota.

Essas medidas “de isolamento, torturas e ataques não comprometerão a determinação de Marwan Barghouti nem sua firme vontade de conseguir a inevitável liberdade e autodeterminação” do povo palestino, acrescentou.

Segundo ele, Israel está realizando uma “campanha de repressão contra todos os presos palestinos, especialmente os líderes”, desde o ataque do Hamas de 7 de outubro em território israelense.

Acrescentou que, antes desse dia, havia mais de 5.200 palestinos detidos nas prisões israelenses.

Depois, outras 4.000 pessoas, entre eles responsáveis e ex-líderes do Hamas e outros grupos palestinos, foram presos em uma campanha em massa de detenções na Cisjordânia ocupada.

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