Israel acusa Conselho de Direitos Humanos da ONU de 'propagar antissemitismo'
O Conselho "tem protegido tradicionalmente os responsáveis por violações dos direitos humanos", disse chanceler israelense
"Este órgão tem-se concentrado a atacar um país democrático e a propagar o antissemitismo, em vez de promover os direitos humanos", declarou o chanceler Gideon Saar na rede social X.
"A discriminação contra nós é evidente: no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (UNHRC), Israel é o único país com um item de agenda dedicado exclusivamente a ele", apontou.
Na terça-feira, o presidente americano, Donald Trump, decidiu deixar de participar das reuniões desse órgão.
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O Conselho "tem protegido tradicionalmente os responsáveis por violações dos direitos humanos, permitindo que eles evitem ser examinados e, por outro lado, tem se empenhado em demonizar de forma obsessiva a única democracia do Oriente Médio, Israel", insistiu o chanceler israelense.
Saar denunciou que Israel foi alvo de "mais de 100 resoluções condenatórias, ou seja, mais de 20% de todas as resoluções adotadas pelo Conselho, mais que contra Irã, Cuba, Coreia do Norte e Venezuela juntos".
O porta-voz do Conselho, Pascal Sim, ressaltou em Genebra que Israel tinha "o status de observador" e não fazia "parte dos 47 Estados-membros". Por isso, não pode "se retirar do Conselho".
Israel participou de todos os exames periódicos aos quais os membros da ONU devem se submeter, mas já boicotava há anos os debates sobre a "situação dos direitos humanos na Palestina e em outros territórios árabes ocupados", lembrou.