Israel acusa OMS de 'conluio' com o Hamas
Organização teria ignorado as provas israelenses de uso terrorista dos hospitais na Faixa de Gaza
Israel acusou, nesta quinta-feira (25), a Organização Mundial da Saúde (OMS) de “conluio" com o Hamas por ignorar as provas israelenses de “uso terrorista” dos hospitais na Faixa de Gaza.
A embaixadora Meirav Eilon Shahar declarou ao comitê executivo da OMS que não pode haver saúde no território palestino se o Hamas “se incrustar em hospitais e usar escudos humanos”.
Em “cada um dos hospitais que as Forças de Defesa de Israel registraram em Gaza, encontraram evidências de uso militar pelo Hamas”, afirmou. “São fatos inegáveis de que a OMS escolhe ignorar mais uma vez. Não é incompetência, é conluio.”
A guerra foi desencadeada pelo violento ataque dos combatentes do Hamas em 7 de outubro, que causou 1.140 mortes em Israel, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em números oficiais israelenses.
Também sequestraram cerca de 250 pessoas. Israel afirma que 132 seguem detidas em Gaza, das quais 28 morreram, de acordo com contagem da AFP também a partir de cifras oficiais.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que deixou ao menos 25.700 mortos, 70% deles mulheres e menores, segundo o ministério da Saúde do Hamas.
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O exército israelense acusa o Hamas de utilizar túneis sob hospitais e fazer das infraestruturas de saúde centros de comando, o que o grupo islamista nega e a OMS não confirma.
“Em nossas missões não vimos nada disso sobre o terreno”, disse à imprensa, em 21 de dezembro, o representante da OMS para o território palestino ocupado, Richard Peeperkorn, acrescentando que a organização não estava “em condições de afirmar como está sendo usado nenhum hospital”.
“O papel da OMS é supervisionar, analisar e relatar (...) Não somos uma organização de investigação”, declarou.
No entanto, Eilon Shaher alegou que esta agência da ONU “sabia que havia reféns detidos em hospitais e que terroristas operavam a partir deles”.
“Inclusive quando são apresentadas provas concretas do que acontece sob a terra e na superfície (...), a OMS decide olhar para o outro lado, colocando em perigo aqueles que deve proteger”, afirmou.