Israel afirma que matou jornalista e chama-o de "atirador terrorista" do Hamas
A Defesa Civil de Gaza confirmou a morte e indicou que ele foi atingido por um drone israelense contra seu veículo na segunda-feira (25)
O Exército israelense afirmou que matou um jornalista que trabalhava para a Al Jazeera em Gaza na segunda-feira (25) e alegou que ele era um "atirador terrorista" do Hamas.
"As FDI (Forças de Defesa de Israel) e o Shin Bet (Serviço de Segurança Interna) eliminaram ontem (...) um atirador terrorista do Batalhão Beit Hanun da organização terrorista Hamas, que também trabalhava como jornalista da Al Jazeera", afirma um comunicado conjunto do Exército e da agência de segurança, em referência a Hussam Shabat.
Leia também
• Co-diretor de documentário palestino vencedor do Oscar "Sem Chão" é preso por soldados israelenses
• Ataque aéreo dos EUA contra os houthis, no Iêmen, mata duas pessoas
• Novos protestos na Turquia após prisão de rival de Erdogan
A Al Jazeera afirmou que Shabat morreu na segunda-feira em um ataque israelense contra seu veículo no norte de Gaza.
O comunicado israelense afirma que o Exército e o serviço de segurança "em outubro de 2024 (...) expuseram a afiliação direta do terrorista com a ala militar da organização terrorista Hamas".
A nota acrescenta que "documentos internos do Hamas" provaram que em 2019 Shabat havia participado de um treinamento militar do Batalhão Beit Hanun do Hamas.
Um alerta da Al Jazeera informou na segunda-feira que "Hussam Shabat, um jornalista colaborador da Al Jazeera Mubasher foi martirizado em um ataque israelense contra seu veículo no norte da Faixa de Gaza", em referência ao canal em árabe da rede.
A Defesa Civil de Gaza confirmou a morte de Shabat e indicou que ele foi atingido por um drone israelense contra seu veículo na tarde de segunda-feira perto de um posto de combustível na localidade de Beit Lahia.
Israel retomou na semana passada os ataques aéreos contra a Faixa de Gaza, seguidos de operações terrestres, rompendo a relativa calma de um acordo de trégua de seis semanas com o Hamas.