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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Israel afirma que não tenta deslocar moradores de Gaza

O porta-voz Conricus admitiu que a situação em Gaza é "dura"

Paramédicos egípcios transferem uma mulher palestina ferida no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah Paramédicos egípcios transferem uma mulher palestina ferida no lado egípcio da passagem de fronteira de Rafah  - Foto: AFP

Israel afirmou nesta segunda-feira (4) que não estão tentando obrigar os civis palestinos de Gaza a abandonar suas casas de maneira definitiva, mas reconheceu que as condições são "duras" no território, alvo de bombardeios e cercado por seu Exército.

"Não estamos tentando deslocar ninguém, nem tentando retirar ninguém de algum lugar de forma permanente", declarou Jonathan Conricus, um dos porta-vozes do Exército de Israel.

"Pedimos aos civis que deixem a área de combates. E designamos uma zona humanitária dentro da Faixa de Gaza", acrescentou, em referência a uma estreita faixa costeira dentro do território palestino, chamada Al Mawasi.

A questão do êxodo palestino é extremamente delicada no mundo árabe, depois que a guerra de independência de Israel entre 1948 e 1949, resultou no deslocamento de 760.000 palestinos, um evento chamado de 'Nakba', ou catástrofe.

Israel declarou guerra ao movimento islamista palestino Hamas, que governa a Faixa, após o ataque de seus combatentes em 7 de outubro no sul de Israel.

Quase de 1.200 pessoas, a maioria civis, foram assassinadas no ataque, muitas delas massacradas em suas casas, segundo as autoridades israelenses. Além disso, o Hamas sequestrou 240 pessoas.

O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirma que mais de 15.500 pessoas morreram no território, a maioria civis. O impacto dos bombardeios israelenses incessantes e da intervenção terrestre gera uma preocupação internacional crescente.

A ONU calcula que 1,8 milhão de moradores de Gaza foram deslocados, o que representa 75% da população do território.

"Temos perfeita consciência de que o espaço e o acesso são limitados, por isso a importância do apoio das organizações humanitárias internacionais para ajudar com a infraestruturas na área de Al Mawasi", acrescentou.

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