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LÍBANO

Israel anuncia que retirada de suas tropas de Líbano continuará depois do prazo de 60 dias

O gabinete do líder israelense disse que, como "o acordo de cessar-fogo ainda não foi totalmente implementado pelo Estado libanês, o processo de retirada gradual continuará"

Fumaça sobe do local de explosões controladas durante atividades de demolição realizadas pelo exército israelense na vila de Kfarkila, no sul do LíbanoFumaça sobe do local de explosões controladas durante atividades de demolição realizadas pelo exército israelense na vila de Kfarkila, no sul do Líbano - Foto: Rabih Daher / AFP

Israel anunciou, nesta sexta-feira (24), que a retirada de suas tropas do sul do Líbano continuará além do prazo de 60 dias estipulado em um acordo de cessar-fogo de novembro com o movimento xiita Hezbollah do Líbano, que expira no domingo.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse em um comunicado que o acordo de cessar-fogo foi elaborado “com o entendimento de que o processo de retirada poderia se estender além do período de 60 dias”.

“O processo de retirada está condicionado ao posicionamento do Exército libanês no sul do Líbano e à implementação do acordo de maneira completa e eficaz, e à retirada do Hezbollah para além do rio Litani”, disse o gabinete de Netanyahu.

O gabinete do líder israelense disse que, como “o acordo de cessar-fogo ainda não foi totalmente implementado pelo Estado libanês, o processo de retirada gradual continuará”, em coordenação com os EUA.

Israel “não colocará em risco suas localidades e cidadãos, e cumprirá os objetivos da guerra” na fronteira norte, permitindo o retorno seguro dos habitantes às suas casas, acrescentou o comunicado.

O presidente libanês, Joseph Aoun, exigiu no sábado a retirada do Exército israelense “dentro dos prazos estabelecidos” no acordo que pôs fim à guerra entre Israel e o Hezbollah, iniciada no final de setembro.

O texto estipula que o Exército libanês deve posicionar suas tropas no sul do país ao lado das forças de paz da ONU.

O Hezbollah, por sua vez, deve retirar suas forças ao norte do rio Litani, a cerca de 30 quilômetros da fronteira, e desmantelar qualquer infraestrutura militar remanescente na área.

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