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GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Israel apresenta lista de 300 prisioneiros palestinos que podem ser trocados por reféns com o Hamas

Ministério da Justiça divulgou nomes para que sociedade civil possa contestar alguma liberação

Moradores de Gaza em enterro de palestinoMoradores de Gaza em enterro de palestino - Foto: Zain Jaafar/AFP

O Ministério da Justiça de Israel divulgou, nesta quarta-feira(22), uma lista com 300 nomes de prisioneiros palestinos detidos no país, considerados aptos a serem trocados com o Hamas pelos prisioneiros sequestrados no ataque terrorista de 7 de outubro. A troca de prisioneiros é o aspecto central do acordo de cessar-fogo temporário aceito pelas duas partes do conflito em Gaza, que pode durar até 10 dias, segundo o governo israelense.

Os termos do acordo entre Israel e Hamas determina que 50 reféns capturados pelos terroristas serão liberados em troca de 150 palestinos detidos em prisões israelenses. A troca garante, por si só, uma trégua de quatro dias no conflito, contudo, o acordado pelas duas partes é que um dia a mais de cessar-fogo será concedido a cada 10 reféns extras liberados pelo grupo palestino.

A lista de prisioneiros apresentada a público por Israel inclui nomes, principalmente, de menores de 18 anos presos por uma série variada de crimes. O governo se negou a incluir no acordo a devolução de pessoas condenadas por homicídio, mas, segundo a imprensa israelense, constam na lista pessoas que respondem por tentativa de homicídio.

A partir da divulgação do nome dos prisioneiros palestinos que poderão ser incluídos na troca com o Hamas, a população civil israelense terá um prazo de 24 horas para contestar os nomes na lista, apresentando suas argumentações para que determinado preso seja ou não liberado.

Segundo informações do jornal israelense Haaretz, o governo israelense decidiu, nesta quarta, que o premier Benjamin Netanyahu e outros dois componentes do gabinete de crise montado após o início do conflito, Yoav Gallant e Benny Gantz, serão os responsáveis por determinar quais prisioneiros serão liberados em cada fase.

Os três também serão responsáveis por decidir por quanto tempo o cessar-fogo continuará, desde que não se prolongue por mais de 10 dias.

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