Israel busca "erradicação dos palestinos" com "genocídio", denuncia especialista da ONU
Israel está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza desde o ataque do grupo islamista palestino de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel
A relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos ocupados, Francesca Albanese, acusou nesta terça-feira (29) Israel de buscar a "erradicação dos palestinos" por meio do "genocídio".
Segundo a especialista, que tem mandato do Conselho de Direitos Humanos, mas não fala em nome da ONU, "o genocídio da população palestina parece ser o meio para alcançar um fim: a completa expulsão ou erradicação dos palestinos da terra que é parte essencial de sua identidade, e que Israel cobiça ilegal e abertamente".
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"O genocídio em Gaza é uma tragédia anunciada, e existe o risco de que se estenda a outros palestinos que vivem sob o domínio israelense", disse Albanese.
O "objetivo de 'Grande Israel' ameaça suprimir a população autóctone palestina", acrescentou Albanese, um jurista italiana.
Israel está em guerra com o Hamas na Faixa de Gaza desde o ataque do grupo islamista palestino de 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, quando 1.206 pessoas morreram, a maioria civis, e 251 foram sequestradas, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses, que incluem os reféns mortos em cativeiro.
Das pessoas sequestradas no dia, 97 permanecem em cativeiro em Gaza, mas 34 foram declaradas mortas pelo Exército.
Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva em Gaza que já deixou 43.020 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.