GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Israel chama para consultas sua embaixadora na Espanha por comentários de Sánchez sobre Gaza

Sánchez declarou que Israel deveria "sustentar suas ações com base no direito internacional humanitário"

A carreata do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, passa pela prisão de Ofer, na CisjordâniaA carreata do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, passa pela prisão de Ofer, na Cisjordânia - Foto: Saul Loeb/AFP

Israel anunciou, nesta quinta-feira (30), que chamou para consultas sua embaixadora na Espanha por comentários "escandolosos" do presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, sobre as operações militares israelenses na Faixa de Gaza.

"Decidi chamar para consultas a embaixadora israelense na Espanha [Rodica Radian-Gordon] pelos comentários escandalosos do primeiro-ministro espanhol, que repetiu afirmações sem fundamento", informou o chefe da diplomacia israelense, Eli Cohen, no X.

Em uma entrevista à televisão pública espanhola TVE, Sánchez declarou que Israel deveria "sustentar suas ações com base no direito internacional humanitário".

"Com as imagens que estamos vendo e o número crescente sobretudo de meninos e meninas que estão morrendo, tenho verdadeiras dúvidas de que estejam cumprindo com o direito internacional humanitário", acrescentou.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, qualificou essas declarações como "vergonhosas" e pediu ao seu ministro de Relações Exteriores que convocasse novamente a embaixadora da Espanha em Israel, Ana María Salomón Pérez.

As posições do dirigente socialista, uma das vozes mais críticas a Israel dentro da União Europeia, provocaram tensões nos últimos dias com o governo israelense, que acusou o Executivo espanhol de apoiar "o terrorismo".

Sánchez já havia dito no final de outubro que existia uma "dúvida legítima" em relação ao respeito de Israel pelo direito internacional em suas operações na Faixa de Gaza contra o movimento palestino Hamas.

Na sexta-feira, na passagem de Rafah, que conecta Gaza com Egito, já havia denunciado "a resposta desproporcional" do governo israelense ao ataque sangrento lançado pelo Hamas contra Israel em 7 de outubro.

Em 24 de novembro, deu-se início a uma trégua no conflito.

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