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Israel confirma que realizou incursão contra fábrica de mísseis na Síria em setembro

Israel costuma não comentar sobre seus ataques na Síria, mas em várias ocasiões declarou que não permitiria que o Irã expandisse sua presença neste país

O exército israelense confirmou na quinta-feira que dezenas de suas tropas foram enviadas para a Síria em setembro para destruir uma fábrica subterrânea de mísseis financiada pelo Irã.O exército israelense confirmou na quinta-feira que dezenas de suas tropas foram enviadas para a Síria em setembro para destruir uma fábrica subterrânea de mísseis financiada pelo Irã. - Foto: Exército israelense / AFP

O Exército israelense confirmou, nesta quinta-feira (2), que dezenas de seus soldados foram transportados de helicóptero para a Síria em setembro para destruir uma fábrica subterrânea de mísseis financiada pelo Irã, uma instalação que Israel monitorava há anos.

Desde a queda do presidente sírio Bashar al Assad, deposto em 8 de dezembro por uma coalizão rebelde liderada por islamistas, Israel realizou centenas de ataques na Síria contra instalações militares. Com esses ataques, o país afirma que busca evitar que o arsenal do governo anterior caia nas mãos das novas autoridades.

Israel costuma não comentar sobre seus ataques na Síria, mas em várias ocasiões declarou que não permitiria que o Irã, seu grande inimigo, expandisse sua presença neste país.

Mais de 100 soldados participaram da incursão em 8 de setembro. Após aterrissarem nas instalações da fábrica, localizada em Masyaf, no noroeste da Síria, destruíram o local, informou o exército em um comunicado.

"É um dos contra-ataques mais importantes que realizamos contra as tentativas do eixo iraniano de se armar para nos prejudicar, e demonstra nossa determinação e audácia de agir em qualquer lugar para nos proteger", afirmou o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em um comunicado.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos relatou na época as mortes de 27 pessoas nesta operação.

O Exército israelense não divulgou um balanço de vítimas.

O objetivo da missão era um complexo subterrâneo financiado pelo Irã que abrigava "linhas de montagem avançadas criadas para fabricar mísseis guiados de precisão e foguetes de longo alcance" que "aumentavam significativamente o fornecimento de mísseis para o [grupo islamista libanês] Hezbollah e outros grupos terroristas iranianos na região", detalharam as forças armadas israelenses.

"A maioria dos componentes vinha do Irã", declarou o tenente-coronel Nadav Shoshani, porta-voz do Exército, e acrescentou que a fábrica tinha capacidade para produzir centenas de mísseis por ano.

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