Israel diz que usará 'direito à autodefesa' sobre programa nuclear iraniano
Exercito Israelense afirma se preparar continuamente para enfrentar possíveis cenários
O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, advertiu o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), Rafael Grossi, nesta sexta-feira (3), que está disposto a usar seu "direito de autodefesa" para conter o programa nuclear do Irã.
Grossi chegou a Israel na noite de quinta-feira para uma visita-relâmpago e se reuniu com Bennet nesta sexta-feira (3), pela manhã antes de retornar para Viena.
Bennett "indicou claramente que, embora Israel prefira a diplomacia para privar o Irã da possibilidade de desenvolver armas nucleares, reserva-se o direito de autodefesa e de ação contra o Irã para bloquear seu programa nuclear", disseram seus serviços em um comunicado, após a reunião.
O Exército israelense fez esta semana um importante exercício militar com aviões de guerra no Mediterrâneo e navios de guerra no Mar Vermelho. Segundo a imprensa israelense, as manobras simularam um ataque de grande magnitude contra o Irã, em especial contra centros nucleares.
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Ao ser questionado pela AFP nesta quinta-feira, o Exército israelense não comentou estas informações, mas confirmou que "se prepara e treina continuamente para enfrentar vários cenários, incluindo ameaças do Irã".
Durante seu encontro com Grossi, o primeiro-ministro israelense também pediu uma atitude mais firme da comunidade internacional em relação ao Irã e que use "todos os meios" para impedir que Teerã adquira uma arma nuclear.
Considerado por especialistas como a única potência nuclear do Oriente Médio, Israel vê o programa nuclear do Irã como uma ameaça à sua segurança.