Israel explode Supremo Tribunal de Gaza "em memória dos assassinados" pelo Hamas; veja o vídeo
Ação ocorre cerca de duas semanas após local ter sido ocupado por oficiais israelenses
O Supremo Tribunal da Faixa de Gaza foi bombardeado e destruído neste domingo por combatentes das Forças de Defesa de Israel, publicou nesta segunda-feira o jornal israelense Haaretz. A ação ocorreu cerca de duas semanas depois do local ter sido ocupado pelos oficiais, e foi dedicada à “memória de todos os assassinados no massacre de 7 de outubro pelos terroristas do Hamas”.
— Dedicamos a explosão à memória de todos os assassinados e vítimas que morreram no massacre de 7 de Outubro. Não esqueceremos e não perdoaremos, o povo de Israel vive — disse o combatente antes de dar a ordem de destruição do edifício, que é um dos símbolos do domínio do Hamas na Faixa de Gaza.
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Nesta segunda-feira, dezenas de tanques israelenses entraram no sul de Gaza, onde o Exército de Israel expandiu a ofensiva terrestre contra o Hamas, apesar da presença de centenas de milhares de civis. As forças israelenses, que iniciaram a ofensiva por terra em 27 de outubro no norte do território palestino, multiplicaram os bombardeios no sul desde a retomada dos combates em 1º de dezembro, após sete dias de trégua.
“Os combates e o avanço terrestre do Exército israelense na região de Khan Yunis não permitem que os civis se desloquem pela rodovia Salaheddin, no norte e leste da cidade”, indicou o Exército em um comunicado. No X (antigo Twitter), a presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Mirjana Spoljaric, que chegou a Gaza nesta segunda, denunciou o “sofrimento intolerável” da população.
“Cheguei a Gaza, onde o sofrimento das pessoas é intolerável. Repito o nosso apelo urgente para que os civis sejam protegidos de acordo com as leis da guerra, e para que a ajuda chegue sem obstáculos”, escreveu. “Os reféns devem ser liberados, e a Cruz Vermelha autorizada a visitá-los com segurança”, continuou ela.
Quase 16 mil mortos
O Ministério da Saúde do Hamas reportou, nesta segunda-feira, que 15.899 pessoas morreram desde o início do conflito, em 7 de outubro, quando terroristas invadiram o território de Israel e mataram 1,2 mil pessoas, sendo a maioria civis, segundo as autoridades israelenses. Conforme o órgão palestino, 70% dos mortos são mulheres e menores de idade atingidos por bombardeios de Israel.
O Exército israelense também anunciou que três soldados morreram neste domingo no território, elevando para 75 o número de militares mortos desde o início da ofensiva terrestre, e a 401 desde 7 de outubro. Nesta segunda-feira, os combates começaram em Gaza, e testemunhas afirmaram à AFP que tanques de Israel abriram fogo e entraram pela primeira vez em um mercado na Cidade de Gaza.
Um bombardeio na entrada do hospital Kamal Adwan, localizado no norte de Gaza, deixou vários mortos durante a madrugada, segundo a agência Palestina Wafa. O Exército não confirmou a informação. Israel acusa o grupo islamista palestino, classificado como organização terrorista pelos EUA e União Europeia, de ter instalado infraestruturas sob os hospitais da Faixa e de utilizar civis como escudos humanos.
פיצוץ היכל המשפט בעזה pic.twitter.com/Q42S9PT4DT
— הארץ חדשות (@haaretznewsv) December 4, 2023