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Faixa de Gaza

Israel inicia nova e menos intensa fase de ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza

Anúncio ocorreenquanto continua crescendo a tensão na fronteira norte de Israel com o Líbano, onde nesta segunda-feira um alto comandante do grupo xiita libanês Hezbollah foi morto em um ataque israelense

Menina chora a morte de seus parentes, que foram mortos por bombardeios israelenses, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza Menina chora a morte de seus parentes, que foram mortos por bombardeios israelenses, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza  - Foto: AFP

O Exército de Israel começou uma nova e menos intensa fase de sua invasão na Faixa de Gaza, anunciaram nesta segunda-feira o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o porta-voz militar chefe, Daniel Hagari, depois de semanas de pressão dos EUA e de aliados para que o país reduza o escopo da ofensiva que vem causando ampla devastação e morte de civis.

O anúncio também ocorre em um momento em que continua crescendo a tensão na fronteira norte de Israel com o Líbano, onde nesta segunda-feira um alto comandante do grupo xiita libanês Hezbollah foi morto em um ataque israelense.

— A guerra mudou um estágio — disse Hagari ao jornal The New York Times, explicando que incluiria menos soldados e ataques aéreos. — Mas a transição não terá nenhuma cerimônia: não se trata de anúncios dramáticos.

Já ao Wall Street Journal, Gallant afirmou que a transição será entre a "fase de manobras intensas da guerra" para "diferentes tipos de operações especiais".

— Estamos perto da próxima fase no norte, incluindo a Cidade de Gaza — disse ao WSJ.

Segundo o ministro da Defesa, os soldados israelenses já detêm amplo controle na localizada, a maior do enclave, ao menos na superfície, já que na parte subterrânea há uma rede de túneis construídos pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas.
 

Enquanto multidões com dezenas de milhares civis lotam partes ao sul de Gaza, Gallant afirmou que a ofensiva militar precisaria ajustar suas táticas "levando em consideração o grande número de civis".

— Levará um tempo, mas não desistiremos — disse.

Os comentários foram feitos antes da chegada a Israel do secretário de Estado dos EUA, Antony J. Blinken, que desde a semana passada faz um giro pela região com o objetivo de evitar que o conflito se espalhe.

Essa é a quarta viagem de Blinken ao Oriente Médio desde o início do conflito, em 7 de outubro, quando terroristas do Hamas lançaram o pior ataque em solo judeu desde a formação do Estado, em 1948, deixando 1,2 mil mortos e fazendo 240 pessoas como reféns. Israel respondeu ao ataque com uma ofensiva contra o Hamas na Faixa de Gaza, deixando mais de 23 mil mortos, segundo o Ministério de Saúde vinculado ao grupo palestino.

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