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Israel não participará da conferência sobre ajuda a Gaza

A conferência ocorre à margem do Fórum da Paz de Paris

Fórum da Paz de Paris em frente ao Palais BrongniartFórum da Paz de Paris em frente ao Palais Brongniart - Foto: Martin Bureau/AFP

Israel não participará da "conferência humanitária" sobre ajuda a Gaza marcada para quinta-feira (9) em Paris, organizada pelo presidente francês Emmanuel Macron, informou seu gabinete nesta quarta-feira (8).

Mas, assim como outros governos, Israel tem "interesse na melhoria da situação humanitária em Gaza", disse à imprensa um conselheiro do chefe de Estado centrista, que pediu anonimato.

Macron conversou na última quinta-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com quem concordou em falar novamente no final da conferência, acrescentou esta fonte.

O presidente francês também conversou com seu homólogo egípcio, Abdel Fatah al Sissi, e com o emir do Catar, Tamim ben Hamad al Thani, na terça-feira, informou seu gabinete.

Ambos os países desempenham um papel fundamental nos esforços para fornecer mais ajuda à Faixa de Gaza, bombardeada desde 7 de outubro por Israel em retaliação ao ataque deste dia por comandos do grupo islamita palestino Hamas.

O ataque do Hamas deixou 1.400 mortos, a maioria civis, no pior ataque desde a criação de Israel, em 1948.

No entanto, a situação em Gaza também é preocupante. Os bombardeios israelenses mataram mais de 10.000 pessoas, incluindo mais de 4.000 crianças, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.

"Há uma emergência humanitária em Gaza, enquanto Israel mantém as suas operações antiterroristas", afirmou o conselho da Presidência francesa.

A conferência ocorre à margem do Fórum da Paz de Paris, evento anual promovido por Macron e cuja próxima edição está marcada para sexta e sábado.

As Nações Unidas consideram que serão necessários 1,2 bilhão de dólares (5,8 bilhões de reais) em ajuda para as populações de Gaza e da Cisjordânia até o final do ano.

Os apelos por "pausas", "tréguas" ou "cessar-fogo" aumentaram nas últimas semanas para facilitar a chegada de ajuda e a libertação dos 240 reféns detidos pelo Hamas.

Mas Israel permanece inflexível e mantém a sua ofensiva que visa, segundo as suas autoridades, "destruir" o movimento islamita que governa Gaza desde 2007.

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