Israel recorre de ordens de prisão do TPI contra Netanyahu e Gallant por crimes de guerra em Gaza
Gabinete do premier afirma ainda que Estado judeu solicitou que mandados fossem suspensos até que tribunal com sede em Haia emitisse a decisão final sobre recurso
Israel notificou o Tribunal Penal Internacional (TPI) nesta quarta-feira sobre sua intenção de recorrer às ordens de prisão contra o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e contra a Humanidade cometidos na Faixa de Gaza. O Estado judeu também pediu ao tribunal que atrasasse a execução dos mandados até que uma decisão final sobre o recurso fosse emitida, afirmou o gabinete do premier.
Leia também
• Israel restringe circulação da população do sul do Líbano por uma noite
• Milhares de libaneses voltam para casa após cessar-fogo entre Israel e Hezbollah
• Com cessar-fogo em vigor, conflito entre Israel e Hezbollah deixa mais de 3,8 mil mortos
"O Estado de Israel nega a autoridade do Tribunal Penal Internacional em Haia e a legitimidade dos mandados de prisão emitidos contra o primeiro-ministro e o ex-ministro da Defesa", escreveu o gabinete. As ordens, argumentou o governo, carecem de "qualquer fundamento factual ou legal" e são "infundadas".
O gabinete afirmou que Netanyahu se encontrou nesta quarta com o senador americano Lindsey Graham, que teria atualizado o premier "sobre os esforços que ele está promovendo no Congresso dos EUA contra o TPI e os países que cooperaram com ele."