Bilionário dono de iate que naufragou na Itália morreu afogado, diz autópsia
Morte da filha dele segue um mistério
O magnata britânico da tecnologia Mike Lynch morreu afogado depois que o superiate Bayesian naufragou na costa da Itália, em 19 de agosto. Além do bilionário, outras seis pessoas perderam a vida na tragédia, incluindo a filha do anfitrião da viagem, Hannah Lynch. Detalhes sobre o falecimento de Mike, de 59 anos; Hannah, de 18; de Jonathan Bloomer, ex-presidente do Conselho de Administração da Morgan Stanley International, de 70 anos; e da mulher dele, Judy, de 71, foram lidos no Tribunal do Legista de Suffolk em Ipswich, nesta sexta-feira.
A autópsia de Mike Lynch foi realizada em 6 de setembro e apontou como causa de morte um afogamento, segundo Mike Brown, da Polícia de Suffolk. O corpo de Hannah e dos Bloomer também foram submetidos ao procedimento, mas a causa da morte dos três segue "sob investigação", segundo as autoridades. Os inquéritos abertos para apurar as circunstâncias dos falecimentos foram adiados até 15 de abril de 2025.
Quatro das sete pessoas que morreram no naufrágio — incluindo Jonathan e Judy Bloomer, além de Chris e Neda Morvillo — teriam ficado sufocadas em uma "bolha de ar" depois que o oxigênio da cabine acabou, segundo resultados preliminares das autópsias divulgados pela imprensa italiana.
O veleiro com 22 passageiros foi tombado por um tornado raro na região, no mês passado. O grupo celebrava o resultado de um processo judicial a convite do bilionário Mike Lynch, também morto na ocasião.
De acordo com o jornal La Reppublica, os peritos não encontraram água nos pulmões dos Bloomer e dos Morvillo, o que os fez descartar a hipótese de afogamento. Confinados no superiate naufragado, os dois casais teriam sucumbido à inalação de dióxido de carbono.
Ainda de acordo com a imprensa italiana, os mergulhadores que recuperaram os quatro corpos os encontraram no lado esquerdo das cabines. Para os investigadores, indica que as vítimas buscaram ficar na área dos "últimos bolsões de ar" enquanto a embarcação se inclinava para a direita, já afundada.
Uma investigação apura a responsabilidade de três tripulantes do "Bayesian" por suspeita de cometer homicídio culposo e de causar o naufrágio. O capitão do navio, James Cutfield, não falou sobre o caso e se recusou a dar declarações quando questionado pelos promotores.
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Quem mais estava no iate?
Além de Mike Lynch e dos dois casais, morreram no naufrágio a filha do bilionário, Hannah Lynch, e Ricardo Thomas, cozinheiro do veleiro.
Após a tempestade, o bote salva-vidas do superiate foi utilizado para resgatar 15 pessoas. Segundo a imprensa local, entre os amontoados no barco salva-vidas, estava Angela Baccares; Sasha Murray; Myin Htun Kyaw; Matthew Griffith; Ayla Ronald; Matthew Fletcher; e o capitão do navio, Calfield.
O iate, que havia partido de Roterdã e feito um cruzeiro pelas águas do Mediterrâneo, entrando pelo estreito de Gibraltar, estava ancorado em frente ao porto de Porticello, no golfo da cidade de Palermo. Passaria a noite lá, após navegar durante o dia ao largo das costas de Cefalù.
O plano de seguir rumo às magníficas ilhas Eólias, no dia seguinte, foi interrompido por uma forte tempestade, que provocou a tragédia.
Segundo sobreviventes, o grupo foi convidado por Mike Lynch, dono da embarcação, saiu de Londres para fazer a travessia de barco na Sicília. Todos eram colegas e colaboradores da empresa de Lynch.
A embarcação, que levava a bordo 10 tripulantes e 12 passageiros de nacionalidades britânica, americana e canadense, era conhecido por ter um dos maiores mastros do mundo, feito de alumínio e com 75 metros de altura, o superiate era oferecido para aluguel em seu site por até R$ 1,1 milhão por semana.
Construído em 2008 pela empresa italiana Perini Navi, o barco tinha quatro cabines duplas, uma tripla e uma suíte, além de acomodações para a tripulação.