Coronavírus

Itália prepara volta às aulas com novas medidas contra o coronavírus

As aulas estão suspensas desde março

RomaRoma - Foto: Andreas SOLARO / AFP

A Itália, que tenta impedir um novo surto da pandemia de coronavírus, pediu novos "sacrifícios" aos italianos para garantir o retorno dos alunos às aulas em setembro, diante da preocupação pelo aumento de casos entre os jovens.

"Em menos de um mês teremos que abrir as escolas e as universidades. Não podemos nos equivocar (...) Tudo depende do nosso comportamento e todos, começando pelos jovens, devem ter atenção", anunciou o ministro da Saúde, Roberto Speranza, em uma entrevista ao jornal "La Repubblica". 

No domingo, o ministro ordenou o fechamento das boates e de todas as casas de festa, exigindo também o uso de máscara à noite em qualquer local público. O uso de máscaras será obrigatório nas praças, parques e terraços de cafeterias das 18h00 até às 6h00 (horário local).

"É um sacrifício", reconheceu o ministro, "mas é inevitável, é um desafio que precisamos assumir para poder abrir as escolas" em 14 de setembro, explicou. Speranza quer evitar "criminalizar os jovens", pedindo-lhes que tomem medidas para reduzir o contágio.

Sem aulas desde março
A península, o primeiro país da Europa afetado pela epidemia, registrou até agora 254.000 casos de Covid-19 e mais de 35.000 mortes.  Depois de um confinamento rigoroso de dois meses, seguido por outro menos severo, os estudantes, que não frequentam as escolas e universidades desde março, retomarão as aulas para recuperar as muitas horas perdidas.

"O número de casos está aumentando, em uma semana passamos de 200-300 diários para mais de 600 em meados de agosto", denunciou o presidente do Conselho Superior de Saúde, Franco Locatelli, citado pelo jornal "Il Corriere Della Sera".  "Saímos da fase mais crítica, mas a epidemia não acabou", enfatizou.

O especialista registrou "uma diminuição na idade dos infectados" e considera que, em comparação com os meses sombrios de março a abril, a pandemia agora está bastante espalhada em todo o país "com centenas de surtos", disse. "O fenômeno tem sido causado em grande parte pelos turistas", acrescenta Locatelli.

"Segundo a região, 25% a 40% dos casos foram importados por cidadãos que retornavam de uma viagem ou por estrangeiros residentes na Itália. A contribuição dos migrantes é mínima, não mais do que 3% a 5%", ressaltou.  "O fato de os números serem melhores do que na França e Espanha não exclui o temor de que a curva continue crescendo nas próximas duas semanas", alertou ele.

Veja também

Soldado dos EUA que entrou na Coreia do Norte se declara culpado de deserção
EUA

Soldado dos EUA que entrou na Coreia do Norte se declara culpado de deserção

Maduro pede a membros do governo que não aceitem eletrônicos de presente de Natal após ataques 
Maduro

Maduro pede a membros do governo que não aceitem eletrônicos de presente de Natal após ataques 

Newsletter