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CENÁRIO

Itália se recuperou bem de choques econômicos e PIB deve crescer 0,7% em 2024 e 2025, diz FMI

Para o FMI, o crescimento da atividade terá suporte do Plano de Recuperação e Resiliência Nacional (NRRP, na sigla em inglês) da União Europeia (UE)

Diretora Executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kristalina GeorgievaDiretora Executiva do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kristalina Georgieva - Foto: Daniel Leal/AFP

A economia da Itália teve uma boa recuperação após os choques da pandemia e dos preços de energia, embora o crescimento tenha moderado, avalia o Fundo Monetário Internacional (FMI), em relatório com a conclusão de uma missão de consultas, no âmbito do Artigo IV dos regimentos da instituição internacional. A instituição projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) italiano crescerá 0,7% em 2024 e 2025, mantendo performance mais forte do que no período pré-pandemia e maior do que de outras grandes economias europeias. Em 2023, o avanço do PIB da Itália foi de 0,9%.

Para o FMI, o crescimento da atividade terá suporte do Plano de Recuperação e Resiliência Nacional (NRRP, na sigla em inglês) da União Europeia (UE), que deve ser finalizado em meados de 2026, provocando outra desaceleração da economia nos anos subsequentes

Por outro lado, a redução nos subsídios do governo e absorção de custos salariais por empresas deve ajudar na queda da inflação a 1,7% em 2024, em média, e retorno sustentado para a meta de 2% em 2025.

O relatório estima ainda que o governo italiano pode implementar um ajuste fiscal para reduzir a dívida e se aproximar da meta de consolidação entre 2025 e 2026 com custos limitados para o crescimento, ao retirar completamente os subsídios para compensar pela inflação elevada.

"Embora tenha contribuído para a recuperação, a política fiscal expansionista também manteve o déficit e a dívida pública em níveis muito elevados, aumentando o prêmio de risco da Itália e pesando sobre investimentos", aponta o FMI.

Sobre o setor financeiro, o relatório concluiu que o sistema bancário parece sólido e resiliente, mas alertou que ainda é necessário "identificar e endereçar" vulnerabilidades.

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