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Itália vai às urnas em eleições europeias nas quais a direita busca deixar sua marca

Neste sábado, a atenção se voltará para ao país, onde o partido pós-fascista da primeira-ministra Giorgia Meloni, Irmãos da Itália, se destaca

Uma manifestante segura um cartaz onde se lê "O ódio não é uma opinião" enquanto participa numa manifestação para defender a democracia contra a extrema-direitaUma manifestante segura um cartaz onde se lê "O ódio não é uma opinião" enquanto participa numa manifestação para defender a democracia contra a extrema-direita - Foto: Christian Mang/AFP

As eleições que renovarão as instituições da União Europeia chegaram neste sábado (8) à Itália, um "peso pesado" da UE e onde a direita se mobiliza para deixar sua marca.

O terceiro dia das eleições europeias também começou neste sábado na Eslováquia, país ainda abalado pela tentativa de assassinato contra o seu primeiro-ministro.

Malta e Letônia também votam neste mesmo dia. A presidente do Parlamento Europeu, a maltesa Roberta Metsola, votou logo pela manhã.

No domingo, último dia, votará a maioria dos países do bloco, incluindo Espanha, França e Alemanha.
 

As eleições europeias começaram na quinta-feira com os Países Baixos, onde uma aliança dos Verdes e da centro-esquerda derrotou o Partido pela Liberdade (PVV), de extrema direita, por uma diferença pequena.

Na Eslováquia, os eleitores parecem ter apoiado em massa o partido de centro-esquerda Smer-SD do primeiro-ministro Robert Fico, que sofreu um ataque a tiros em 15 de maio.

Fico votou neste sábado no hospital onde recupera, segundo uma mensagem publicada em sua página no Facebook, na qual incluiu uma foto em que aparece de pé com a ajuda de uma muleta, depositando uma cédula de voto em uma urna eleitoral.

Na Dinamarca, outro dos países que votarão no domingo, a primeira-ministra Mette Frederiksen foi atacada fisicamente por um homem em uma praça da capital Copenhague e cancelou seus compromissos do dia.

Neste sábado, a atenção se voltará para a Itália, onde o partido pós-fascista da primeira-ministra Giorgia Meloni, Irmãos da Itália, se destaca.

As projeções sobre o papel de Meloni e seu partido são tão otimistas que a presidente da Comissão Europeia e candidata a um novo mandato, Ursula von der Leyen, não esconde o seu interesse em uma aliança.

A abertura das urnas ocorreu às 15h00 locais (10h00 em Brasília) em toda a península, onde mais de 47 milhões de eleitores são chamados às urnas para eleger 76 eurodeputados.

Até o momento, Meloni não anunciou qual será a sua posição e insiste que o seu objetivo e o de seu partido é fazer com que as formações europeias de esquerda sejam relegadas à oposição.

A questão migratória está no centro do discurso de Meloni, tema que os partidos de direita conseguiram impor como fundamental nestas eleições.

As pesquisas estimam um crescimento acentuado dos partidos de extrema direita, que poderão ocupar um quarto dos assentos no Parlamento Europeu, uma perspectiva que suscita incertezas sobre o equilíbrio político dos próximos cinco anos.

Esta fatia é insuficiente para formar uma maioria, mas tornaria esta tendência um interlocutor inevitável para chegar a acordos.

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