Itália

Itália vota para Parlamento Europeu em eleições cruciais para Meloni e extrema direita

Eleições legislativas da UE na Itália testam força da extrema direita, com Giorgia Meloni buscando consolidar influência no Parlamento Europeu.

Giorgia Meloni, ministra italianaGiorgia Meloni, ministra italiana - Foto: ANDREAS SOLAROAFP

Os italianos começaram a votar neste sábado (8) nas eleições legislativas da União Europeia (UE), determinantes para a primeira-ministra de extrema direita Giorgia Meloni e para calibrar a força dessa tendência no bloco de 27 países.
As pesquisas preveem que a extrema direita poderia obter um quarto dos assentos no Parlamento Europeu. A perspectiva lança um manto de incerteza sobre o equilíbrio político dos próximos cinco anos. As eleições começaram na quinta-feira nos Países Baixos, mas a maioria dos Estados membros, incluindo Alemanha, França e Espanha, votarão no domingo.

Na Itália, terceira economia do bloco e que tem 76 dos 720 assentos, as pesquisas preveem um avanço de Meloni, que se apresentou na lista de seu partido Irmãos da Itália, com o qual chegou ao poder em 2022 após uma campanha amplamente centrada na luta contra a imigração.
As pesquisas atribuem a ela 27% dos votos, com 22 eurodeputados, contra seis atualmente. As eleições neste país durarão até domingo. Uma vitória de Meloni poderia torná-la uma figura chave para um segundo mandato da atual presidente da Comissão Europeia (braço executivo da UE), Ursula von der Leyen, do Partido Popular Europeu (PPE, direita).

As projeções indicam que a bancada do PPE continuará sendo a mais forte do Parlamento, seguida pela dos Socialistas & Democratas (S&D, social-democratas). A bancada Renovar Europa (Renew, centristas e liberais) deve se manter como a terceira em importância, embora enfraquecida. A extrema direita está dividida em dois blocos, mas se seu fortalecimento se confirmar, seus representantes se tornarão interlocutores indispensáveis no processo de tomada de decisões.

MANIFESTAÇÕES E VIOLÊNCIAS

Na Alemanha, dezenas de milhares de pessoas participaram de manifestações para "dizer não" à extrema direita e instar os cidadãos a irem às urnas para defender a democracia. E na Hungria, dezenas de milhares estiveram em um comício em Budapeste convocado por Peter Magyar, o principal opositor ao primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orban.

A população também votou neste sábado na Eslováquia, ainda abalada pela tentativa de assassinato a tiros do primeiro-ministro, Robert Fico. Fico, um dos poucos que apoiam na UE o presidente russo, Vladimir Putin, emitiu seu voto no hospital onde se recupera do atentado, que segundo as pesquisas reforçou seu favoritismo.

Na Dinamarca, a primeira-ministra social-democrata Mette Frederiksen sofreu na sexta-feira uma agressão física que lhe provocou uma leve entorse cervical. O suspeito pelo ataque, um homem de nacionalidade polonesa, de 39 anos, foi preso, indicou a promotoria, acrescentando que, até o momento, a "hipótese principal é que não há uma motivação política" no fato.
 

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