Javier Milei viaja aos EUA para se reunir com administração Biden e organismos de crédito
O presidente eleito da Argentina tem agenda prevista com o Conselho de Segurança Nacional
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O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, viajará este domingo (26) aos Estados Unidos para se reunir por dois dias com funcionários da administração Biden e de organismos financeiros internacionais de crédito, disseram fontes diplomáticas à AFP.
O político ultraliberal chegará a Nova York na segunda-feira, onde fará uma visita de caráter privado, e voará no mesmo dia para Washington, onde será recebido pelo diretor do Conselho de Segurança Nacional para o Hemisfério Ocidental, Juan González, contaram à AFP as fontes, em condição de anonimato.
Na agenda de Milei nos Estados Unidos, que se estenderá até terça-feira, também estão previstas conversas com funcionários do Departamento de Estado e da Secretaria do Tesouro, revelaram.
"Seriam algumas reuniões introdutórias a nível técnico para gerar sinergias comuns e para entender como trabalharíamos juntos no futuro", declarou nesta semana o embaixador americano na Argentina, Marc Stanley, enquanto era programada a visita de Milei.
Milei chegará acompanhado de vários colaboradores, entre eles Luis Caputo, assessor direto em questões financeiras e integrante certo de seu futuro gabinete econômico, de acordo com a imprensa local.
Na sexta-feira, o futuro presidente manteve uma primeira conversa virtual em Buenos Aires com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.
Os dois conversaram sobre "o grande desafio econômico" que a Argentina enfrenta, com uma inflação anual de 140%, 40% de sua população na pobreza e que terminará 2023 em recessão, segundo o órgão.
O país mantém com o FMI um programa creditício de 44 bilhões de dólares (215 bilhões de reais), negociado em 2018 pelo então presidente Mauricio Macri, que agora é o principal aliado de Milei.
O presidente eleito definiu Estados Unidos e Israel como "aliados" prioritários de seu futuro governo. Milei assumirá a presidência em 10 de dezembro para suceder o peronista Alberto Fernández.