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Joe Biden afirma que "não abandonará" a Ucrânia

Após uma reunião na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden afirma que não vai abandonar o páis

Joe Biden, presidente dos Estados UnidosJoe Biden, presidente dos Estados Unidos - Foto: Mandel NGAN/AFP

Joe Biden alertou nesta terça-feira (12), na presença de Volodimir Zelensky, que o presidente russo, Vladimir Putin, "conta" com uma interrupção na ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia.

"Devemos, devemos mostrar [a Putin] que ele está errado", insistiu o presidente americano durante uma conferência de imprensa conjunta em Washington com o seu contraparte ucraniano.

Biden criticou duramente os congressistas republicanos que atualmente bloqueiam o pedido de um pacote adicional de US$ 61 bilhões (R$ 301 bilhões) para Kiev.

Durante a reunião com Zelensky no Salão Oval, Joe Biden afirmou que reduzir as armas e a ajuda financeira dos Estados Unidos seria dar à Rússia o "maior presente de Natal" possível.

"A história julgará severamente aqueles que abandonaram a causa da liberdade", afirmou o democrata de 81 anos, arquiteto do apoio ocidental à Ucrânia desde a invasão russa em fevereiro de 2022.

O presidente ucraniano veio a Washington em busca de garantias e afirmou ter recebido sinais "positivos" do Congresso, onde as negociações são tensas.

"A Ucrânia pode vencer"
Zelensky sabe que se os Estados Unidos o abandonarem, outros países podem seguir o exemplo, pelo que considerou "muito importante enviar antes do final do ano um sinal muito forte de unidade ao agressor", por parte da Ucrânia, dos Estados Unidos, da Europa e do "mundo livre".

O Congresso americano comprometeu-se a desembolsar mais de US$ 110 bilhões (R$ 544 bilhões) desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, mas não chega a acordo sobre o novo pacote pedido por Biden de cerca de US$ 61 bilhões, um valor que seria suficiente pelo menos até às eleições presidenciais dos Estados Unidos de 2024.

As tropas ucranianas "demonstram todos os dias que a Ucrânia pode vencer" contra a Rússia, afirmou Zelensky.

Uma forma de responder às dúvidas surgidas após a decepcionante contraofensiva do seu exército, e levantadas, entre outros, pelo presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Mike Johnson, cujo campo se mostra cada vez mais cético em relação a uma nova ajuda militar a Kiev.

"O que a administração Biden parece querer são bilhões de dólares a mais sem uma supervisão adequada, sem uma estratégia real para a vitória", afirmou após a sua reunião com o chefe de Estado ucraniano.

Em teoria, o Congresso só tem até sexta-feira - quando começa o recesso parlamentar - para chegar a um acordo.

"Fiasco"
A Casa Branca advertiu que a Ucrânia "ficará sem dinheiro" no final do ano se nada for feito.

Os democratas apoiam este novo pacote. Os republicanos não se opõem completamente, mas exigem em contrapartida importantes alterações na política migratória americana.

Biden criticou os republicanos nesta terça-feira por reterem a ajuda à Ucrânia e dirigiu-se aos seus adversários conservadores: "Quando os propagandistas da Rússia aplaudem vocês, talvez seja o momento de repensar o que vocês estão fazendo".

Nesta terça-feira, o Kremlin afirmou que qualquer nova ajuda dos Estados Unidos está condenada a ser um "fiasco" e o seu exército reivindicou progressos "significativos" em parte do frente.

A Rússia pressiona cada vez mais no leste e sul da Ucrânia.

À custa, segundo os serviços de inteligência americanos, de muitas baixas: 315 mil soldados russos mortos ou feridos desde o início da invasão da Ucrânia, segundo um documento desclassificado e enviado ao Congresso.

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