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John Thune será o líder dos republicanos no Senado dos EUA

A eleição de Thune, senador desde 2005, põe fim à era McConnell

 O senador dos EUA John Thune O senador dos EUA John Thune - Foto: Tom Williams / POOL / AFP

John Thune foi eleito, nesta quarta-feira (13), líder dos republicanos no Senado dos Estados Unidos, substituindo Mitch McConnell, que ocupou o cargo por 17 anos.

O senador, um republicano tradicionalista, derrotou em uma votação secreta Rick Scott, o candidato apoiado pelo entorno de Trump e pelo bilionário Elon Musk.

A eleição de Thune, senador desde 2005, põe fim à era McConnell.

Líder dos republicanos desde 2007, McConnell, um conhecedor dos meandros do poder, esteve à frente da luta contra as políticas da administração do presidente democrata Barack Obama (2009-2017) e apoiou Trump, que chegou ao poder em janeiro de 2017.

Nos últimos anos, Mitch McConnell também se destacou como um dos maiores defensores da ajuda americana a Kiev, sendo forçado a lidar com um partido que, sob a influência de Donald Trump, defendia posições cada vez mais isolacionistas.

John Thune também apoiou os gigantescos pacotes de ajuda enviados à Ucrânia, mas não deixou claro se continuará a fazê-lo no mandato de Trump.

Durante anos, McConnell se orgulhou do apelido de "coveiro", que conquistou por seu esforço em enterrar as esperanças de seus adversários democratas.

Na câmara alta do Congresso, ele se dedicou a promover uma agenda conservadora, como a nomeação de magistrados da Suprema Corte que derrubaram a proteção constitucional ao aborto em 2022.

McConnell sempre cultivou uma imagem austera, com trajes que pareciam saídos de um guarda-roupa dos anos 1970.

Durante a presidência do democrata Joe Biden, a quem conhece bem por ter trabalhado com ele por anos no Senado, McConnell contribuiu para a aprovação de vários projetos de lei apoiados por ambos os partidos.

Em março, o senador precisou ser hospitalizado após uma queda durante um jantar, que lhe causou uma concussão, uma costela quebrada e quase seis semanas de licença médica.

Essa queda reacendeu as críticas ao envelhecimento da classe política americana, às vezes chamada de gerontocracia, mas Mitch McConnell se recusou categoricamente a renunciar ao cargo.

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