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Jordânia, Catar e Turquia criticam "dois pesos e duas medidas" nas reações à guerra no Oriente Médio

Líderes cobraram Estados Unidos e europeus a condenarem morte de civis em Gaza

Rainha Rania, da Jordânia, criticou reação internacional à guerra no Oriente MédioRainha Rania, da Jordânia, criticou reação internacional à guerra no Oriente Médio - Foto: Reprodução/Instagram

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Turquia e do Qatar, bem como a Rainha Rania da Jordânia, acusaram na quarta-feira (25) a comunidade internacional de aplicar um "duplo padrão" na sua reação ao conflito entre Israel e o Hamas em Gaza.

“Reafirmamos a nossa total rejeição de responder à crise com dois pesos e duas medidas no que diz respeito a vidas humanas”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al-Thani, numa conferência de imprensa com o seu homólogo turco em Doha.

“Não é admissível condenar o assassinato de civis num contexto e justificá-lo noutro”, acrescentou.

“O facto de alguns países americanos e do norte da Europa não condenarem ou impedirem a destruição e o desastre em Gaza constitui um sério duplo padrão”, denunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Hakan Fidan.

Na mesma linha, a Rainha Rania da Jordânia acusou os líderes ocidentais de terem uma "óbvia dupla moral" por não condenarem as mortes de civis palestinianos na Faixa de Gaza em incessantes bombardeamentos israelitas.

Israel lançou uma ofensiva contra Gaza em resposta a um ataque sem precedentes perpetrado por militantes do Hamas em 7 de outubro.

Homens armados do movimento islâmico palestino invadiram Israel vindos de Gaza, matando mais de 1.400 pessoas e fazendo mais de 220 reféns, segundo as autoridades israelenses.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, afirma que 6.546 pessoas foram mortas em bombardeios israelenses até o momento, muitas delas crianças.

Os governos ocidentais, incluindo o Reino Unido, a França e os Estados Unidos, ofereceram o seu total apoio a Israel, afirmando o seu direito de se defender após a incursão mortal do Hamas.

O Catar e a Turquia, que são fortes apoiantes da causa palestiniana com canais de comunicação abertos com o Hamas, estão a trabalhar com parceiros regionais para neutralizar o conflito, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Catar.

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