GUERRA NO ORIENTE MÉDIO

Jordanianos vão às ruas pedir revogação do tratado de paz com Israel

A população da Jordânia têm se mobilizado em apoio aos palestinos em Gaza quase diariamente desde 7 de outubro, após o ataque do movimento islâmico Hamas contra Israel

Pessoas se reúnem para uma manifestação em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza, em AmãPessoas se reúnem para uma manifestação em solidariedade aos palestinos na Faixa de Gaza, em Amã - Foto: Khalil Mazraawi/AFP

Pelo menos 5.000 pessoas protestaram nas ruas de Amã, nesta sexta-feira (27), para pedir a anulação do tratado de paz entre Jordânia e Israel, denunciando os bombardeios cometidos pelo Exército israelense contra a Faixa de Gaza.

A manifestação começou em frente à Grande Mesquita Husseini, no coração da capital jordaniana, diante de um grande dispositivo policial, observaram jornalistas da AFP.

"Não ao acordo de Wadi Araba (o tratado de paz jordaniano-israelense assinado em 1994. Não às bases americanas", dizia um cartaz.

"A resistência é o caminho da libertação", dizia outro, em meio a um grande número de bandeiras palestinas e jordanianas.

"Wadi Araba não é paz, Wadi Araba é rendição", gritavam os manifestantes.

Alguns seguravam retratos do presidente americano, Joe Biden, e do presidente francês, Emmanuel Macron, ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acompanhados do lema "Parceiros no Crime".

Em Zarqa, a cerca de 20 quilômetros de Amã, em torno de 2.000 pessoas participaram de uma manifestação, e outras centenas saíram às ruas em Mafraq, Tafila e Áqaba.

Os jordanianos têm-se mobilizado em apoio aos palestinos em Gaza quase diariamente desde 7 de outubro, início da guerra deflagrada após o ataque do movimento islâmico Hamas contra Israel.

Segundo as autoridades israelenses, cerca de 1.400 pessoas, a maioria civis, morreram em Israel desde o ataque do Hamas, o mais sangrento desde a criação do Estado em 1948.

Em represália, Israel anunciou que destruiria o Hamas e iniciou incessantes bombardeios na Faixa de Gaza. De acordo com o Hamas, mais de 7.300 pessoas, a maioria delas civis e incluindo mais de 3.000 crianças, morreram por esses bombardeios sobre o território palestino.

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