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França

Jornal de maior circulação na França, deixa de publicar no X

Medida já havia sido tomada por veículos como The Guardian e La Vanguardia

Jornal de maior circulação na França, Ouest-France deixa de publicar no X Jornal de maior circulação na França, Ouest-France deixa de publicar no X  - Foto: Loic Venance/AFP

O jornal de maior circulação em França, Ouest-France, suspendeu a partir desta terça-feira as suas publicações no X, depois de outros meios de comunicação europeus terem tomado uma decisão semelhante por considerarem que a rede social do bilionário Elon Musk espalhava “desinformação”. O jornal regional, com sede em Rennes (oeste do país), explicou em um comunicado que não considera “sensato ou apropriado permanecer ativo [no X] até que sejam tomadas garantias sérias contra a desinformação, o assédio e a violência”.

Ouest-France é o primeiro jornal francês a sair da rede, anteriormente chamada Twitter, poucos dias depois do jornal britânico The Guardian, do jornal espanhol La Vanguardia e do sueco Dagens Nyheter.

“Este é o nosso último tweet, por enquanto. De acordo com os nossos valores, decidimos suspender as nossas publicações em todas as nossas contas no X”, diz a mensagem publicada na rede social. “Atualmente, a X virou as costas aos meios de comunicação social e não oferece as condições necessárias para o exercício sereno do jornalismo”, afirma o jornal, que acusa a rede de “contribuir para o envenenamento do debate público, vital para a democracia”.

“Esta decisão é definitiva (…) Não faremos isto para mudar de ideias dentro de duas semanas”, disse à AFP o presidente da direção do jornal, François-Xavier Lefranc, especificando que a iniciativa foi adotada “de forma bastante unânime” dentro do jornal. “A menos que [o X] se torne um espaço regulamentado e amigo das pessoas”, Ouest-France “não regressará” à rede, destacou.

O Ouest-France indicou que já havia reduzido suas publicações no X desde 27 de outubro de 2023, “em protesto contra a ausência de [instâncias de] moderação e regulação”. Mas este ano “descobrimos que nada estava resolvido” e que “as regras do jogo são tendenciosas”, destacou.

Elon Musk, o homem mais rico do mundo, que nega qualquer forma de censura, comprou o Twitter em 2022 por 44 bilhões de dólares e rebatizou-o de X.

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