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Jornalistas são "atacados e perseguidos" por exército de Israel na Cisjordânia

Pelo menos quatro jornalistas ficaram feridos, embora estivessem usando coletes que os identificavam claramente como repórteres

Um veículo do exército israelense passa por um antigo outdoor durante um ataque do exército israelense em Tulkarem, no norte da Cisjordânia ocupadaUm veículo do exército israelense passa por um antigo outdoor durante um ataque do exército israelense em Tulkarem, no norte da Cisjordânia ocupada - Foto: Zain Jaafar / AFP

Jornalistas na Cisjordânia ocupada são “atacados e perseguidos” pelas forças israelenses, disseram dois especialistas da ONU, que denunciaram esta violência, inclusive disparos contra repórteres e seus veículos.

“Denunciamos com veemência os ataques e o assédio a jornalistas na Cisjordânia ilegalmente ocupada, que nada mais são do que tentativas grosseiras do exército israelense de bloquear informações independentes sobre possíveis crimes de guerra”, acusaram os dois especialistas em um comunicado.

Esses dois relatores foram enviados pelo Conselho de Direitos Humanos, mas não falam em nome da ONU.

Irène Khan, relatora especial para a liberdade de opinião e expressão, e Francesca Albanese, relatora especial da ONU para os Territórios Palestinos, destacaram pelo menos três incidentes em setembro, em Jenin e Tulkarem, “onde as forças de segurança israelenses dispararam balas reais contra jornalistas ou seus veículos enquanto cobriam operações militares e vítimas civis”.

Pelo menos quatro jornalistas ficaram feridos, embora estivessem usando coletes que os identificavam claramente como repórteres, segundo o comunicado.

No final de agosto, Israel lançou uma grande operação militar em Tubas, nas cidades vizinhas de Jenin e Tulkarem e em seus campos de refugiados, onde grupos armados que lutam contra a ocupação israelense são muito ativos.

Desde 7 de outubro, quando começou a guerra na Faixa de Gaza entre o exército israelense e o Hamas, desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamistas palestino naquela data, a violência entre os palestinos, de um lado, e o exército israelense e os colonos, de outro, aumentou na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

Pelo menos 665 palestinos foram baleados e mortos por soldados ou colonos israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina.

Pelo menos 24 israelenses, incluindo vários soldados, foram mortos em ataques palestinos ou operações militares, de acordo com dados oficiais israelenses.

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