Juiz decide que Trump não vai fazer argumentação final em julgamento por fraude em NY
Ambas as equipes jurídicas começarão a pronunciar seus argumentos finais na quinta-feira
O juiz que instruiu o processo de fraude fiscal contra Donald Trump, dois de seus filhos e a empresa da família em Nova York negociou a autorização ao ex-presidente que desejava pronunciar suas alegações finais nesta quinta-feira (11), segundos documentos judiciais do tribunal nova-iorquino.
Trump e seus dois filhos mais velhos são acusados de inflar de forma fraudulenta o valor de suas propriedades. A procuradora-geral do estado de Nova York, Letitia James, pede uma indenização de 370 milhões de dólares (R$ 1,8 bilhão, na cotação atual) ao magnata, e que ele está proibido de realizar negócios no estado.
Ambas as equipes jurídicas começarão a pronunciar seus argumentos finais na quinta-feira.
Os advogados de Trump, que fizeram ataques reiterados ao juiz e à procuradora-geral por suposta parcialidade, indicaram que o ex-presidente e favorito à indicação republicana para as eleições presidenciais de novembro apresentariam extraordinariamente uma argumentação final em seu próprio nome.
Na intensa troca de e-mails dos últimos dias entre o juiz Arthur Engoron, instrutor do caso, e a equipe jurídica de Trump, o magistrado disse que, se o ex-presidente queria falar, deveria depois dos fatos do caso e "aceitar como limitações" que foram impostas.
Diante da falta de resposta da defesa do magnata sobre essas critérios, o juiz determinou que, "como consequência, [Trump] não falará à corte amanhã [quinta-feira]".
Além disso, o juiz rejeitou o pedido de defesa do magnata de adiar a audiência para 29 de janeiro devido ao falecimento da sogra de Trump. Por sua vez, a equipe jurídica do ex-presidente classificou a decisão de “muito injusta”.
Durante o processo, Trump usou frequência nas redes sociais para denunciar que o caso é uma “caça às bruxas” e já estava “decidido” contra ele “antes mesmo de começar”.
Em uma publicação na plataforma Truth Social, que é de sua propriedade, o republicano garantiu que "não fez nada de errado" e qualificou James de "totalmente corrupto".
"Minhas projeções financeiras são ótimas e muito conservadoras", disse o ex-presidente. "Este caso nunca deveria ter sido apresentado", argumentou.
Este não é o único caso na Justiça que o ex-presidente enfrentará. Ele também é acusado de interferência eleitoral no estado da Geórgia (sudeste) e de suposta negligência no que diz respeito a documentos ultrassecretos após deixar a Casa Branca.