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DECISÃO

Juiz rejeita pedido de Trump para adiar sentença no caso do pagamento a atriz pornô

Os advogados do magnata republicano haviam solicitado ao juiz que adiasse a sentença enquanto recorriam de sua condenação por um júri de Manhattan

Donald Trump, presidente eleito dos Estados UnidosDonald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos - Foto: Seth Wenig /POOL /AFP

Um juiz de Nova York rejeitou, nesta segunda-feira (6), o pedido do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, para adiar a sentença marcada para 10 de janeiro no caso de pagamentos ocultos à atriz pornô Stormy Daniels, enquanto ele se prepara para seu histórico retorno à Casa Branca.

O juiz Juan Merchan decidiu na semana passada que a sentença contra Trump deve prosseguir, apesar de sua posse, rejeitando o argumento de seu advogado de que sua vitória eleitoral deveria encerrar o caso.

Em uma decisão de duas páginas, Merchan destacou nesta segunda-feira que os promotores se opuseram ao adiamento do processo e que ele deve seguir como planejado, salvo uma apelação de última hora bem-sucedida de Trump a um tribunal superior.

"Este tribunal considerou os argumentos do réu em apoio à sua moção e conclui que eles são, em sua maioria, uma repetição dos argumentos que ele levantou inúmeras vezes no passado", afirmou o juiz.

"A moção do réu para suspender este processo, incluindo a audiência de sentença prevista para 10 de janeiro de 2025, é negada", completou.

Merchan deu a Trump, o primeiro ex-presidente condenado por um crime, a opção de comparecer pessoalmente ou virtualmente à audiência de sentença na sexta-feira e afirmou que não está inclinado a impor penas de prisão ao futuro presidente.

Os advogados do magnata republicano haviam solicitado ao juiz que adiasse a sentença enquanto recorriam de sua condenação por um júri de Manhattan.

Trump foi considerado culpável em maio de 34 acusações de "falsificação contábil agravada para ocultar" os pagamentos feitos a uma ex-atriz pornô para que ela permanecesse em silêncio sobre um suposto caso extraconjugal que teria ocorrido em 2006, com o objetivo de evitar danos à sua campanha presidencial de 2016.

Inicialmente, a sentença estava prevista para 11 de julho, mas foi adiada após a Suprema Corte determinar que um ex-presidente dos Estados Unidos possui ampla imunidade penal.

Agora, será dez dias antes de sua posse em 20 de janeiro, embora é improvável que o republicano seja preso.

Trump teve a vitória na eleição de 2024 certificada nesta segunda-feira, quatro anos depois que seus partidários invadiram o Capitólio com o objetivo de tentar anular a derrota de 2020.

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