EUA

Juíza de Nova York nega à Argentina adiar prazo para garantias sobre petroleira YPF

Em setembro de 2023, a juíza condenou a Argentina a pagar 16,1 bilhões de dólares a duas empresas acionistas da YPF

PetróleoPetróleo - Foto: Wirestock /Freepik

A juíza de Nova York que instrui a ação das empresas prejudicadas pela nacionalização da petroleira argentina YPF em 2012 negou, nesta quinta-feira (11), a prorrogação do prazo, fixado para 10 de janeiro, para que a Argentina apresentasse garantias, evitando embargos.

O argumento do Estado argentino, que destacou "falta de acesso a fundos" para fazer o depósito das garantias, "demonstra que não tomou e supostamente não pode tomar medidas para o pagamento e não tem prazo para fazê-lo", destaca o texto da juíza Loretta Preska, dando razão aos demandantes. A magistrada já tinha condenado a Argentina a pagar aos afetados 16,1 bilhões de dólares (R$ 78,7 bilhões, na cotação atual).

Em 15 de setembro passado, a juíza condenou a Argentina a pagar 16,1 bilhões de dólares a duas empresas acionistas da YPF que não foram indenizadas após a nacionalização da petroleira, em 2012, quando era controlada pela espanhola Repsol.

Após várias prorrogações do prazo pedidas pela Argentina, a magistrada reiterou nesta quinta-feira a data de 10 de janeiro como limite para a apresentação de uma fiança, enquanto se resolve o recurso de apelação da sentença.

A juíza havia estabelecido que a fiança poderia ser paga em ações da própria YPF.

Com a decisão, os demandantes, o Grupo Petersen e Eton Park Capital (que então contavam com 25,4% do capital da YPF), e cujos direitos de litígio foram adquiridos pelo fundo Budford, poderão solicitar, a partir desta quinta-feira, o embargo de ativos do Estado argentino nos Estados Unidos e em outros países.

Em dezembro passado, o recém-empossado presidente argentino, Javier Milei, admitiu que o país não dispunha dos recursos necessários para pagar uma fiança no contencioso perante a justiça dos Estados Unidos, mas assegurou: "Temos a vontade de pagar".

Veja também

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela
Venezuela

Maduro diz que González Urrutia lhe pediu 'clemência' para sair da Venezuela

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios
Queimadas

'Estamos tentando evitar o fim do mundo': Flávio Dino defende gastos com incêndios

Newsletter