Julho de 2023 indica que será o mês mais quente já registrado, diz Copernicus
"As mudanças climáticas estão superaquecendo todo o sistema climático", disse o especialista
O mundo caminha para o mês de julho mais quente registrado até agora, informou nesta quarta-feira (19) à AFP o diretor do observatório do clima europeu Copernicus, Carlo Buontempo.
"Os primeiros quinze dias de julho têm sido os mais quentes até a data. Julho indica que será o mais quente" que se conhece, declarou o diretor do serviço de monitoramento climático.
O mês de junho já foi o mais quente da história, segundo os dados do observatório climático europeu, cujos registros remontam a 1940.
"As mudanças climáticas estão superaquecendo todo o sistema climático. E este ano, em especial, além desta tendência, temos dois fenômenos que provavelmente também estão contribuindo", disse o especialista.
Por um lado, o El Niño, que já começou, e por outro, temperaturas oceânicas inusualmente altas vinculadas a ventos mais fracos que o normal.
Leia também
• Estreante Panamá quer surpreender Brasil na primeira rodada da Copa feminina
• Brasil segue em sua primeira expedição de pesquisa ao Ártico
• Café Paliativo Especial: projeto reúne nomes importantes do cuidado paliativo na saúde do Brasil
Ásia, Europa e América do Norte estão sufocados devido às prolongadas ondas de calor e os incêndios florestais que afetam o Canadá e a Grécia.
Além de prejudicar as colheitas, derreter as geleiras e aumentar o risco de incêndios florestais, as temperaturas mais altas que o normal também causam problemas de saúde como insolação, desidratação e estresse cardíaco.
O mundo aqueceu em média quase 1,2°C desde meados do século XIX, o que está desencadeando um clima extremo que inclui ondas de calor mais intensas, secas mais severas em algumas regiões e tempestades mais fortes pelo aumento do nível do mar.
O El Niño é um fenômeno natural que causa aumento do calor em todo o mundo, além de secas em algumas regiões e fortes chuvas em outras.