Juntas acolhem mulher trans queimada e cobram ação do Governo
Roberta sofreu queimaduras de 3° grau após ter 40% do corpo queimado por um adolescente
Roberta, mulher trans que foi vítima de violência na madrugada desta quinta-feira (24), está recebendo assistência das Juntas Codeputadas (Psol). As parlamentares foram ao Hospital da Restauração acompanhar a situação da paciente, que sofreu queimaduras de 3° grau após ter 40% do corpo queimado por um adolescente no Cais de Santa Rita, localizado no bairro de Santo Antônio, área central do Recife. Na sequencia, elas tiveram uma reunião com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, para monitorar o caso.
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Na ocasião, as parlamentares também pediram por um plano de proteção às pessoas LGBTs em Pernambuco, especialmente as pessoas trans, que sofrem ainda mais violências e estão em maior situação de vulnerabilidade.
Também foi oficializada uma cobrança à Secretaria de Defesa Social e ao Centro Estadual de Combate à Homofobia, sobre a assistência prestada à Roberta e informações sobre as investigações.
A codeputada Robeyoncé Lima, primeira advogada trans e primeira parlamentar trans de PE faz parte do coletivo Juntas e foi uma das primeiras pessoas a noticiar o caso, em suas redes sociais, na manhã desta sexta-feira (25). "Não queremos só uma assistência pontual para Roberta, mas uma política de estado que foque na prevenção desse tipo de violência", publicou a parlamentar.
O Brasil é o País onde mais se mata pessoas trans, e Pernambuco figura entre os 10 estados onde mais se comete transfeminicídio.
As parlamentares, que acompanharão o caso de perto, também lamentaram que o caso aconteceu às vésperas do dia 28, dia do Orgulho LBGT: "As pessoas trans precisam ser tratadas pelo Estado como pessoas cidadãs que são, tendo seu direito à vida e à dignidade assegurados"