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PERNAMBUCO

Júri popular de PMs acusados de envolvimento na morte de Marcos Laurindo é retomado

Testemunhas e informantes já foram ouvidos. Agora, advogados e promotoria se pronunciam

Segunda Vara do Tribunal do Júri do Recife realiza julgamento do policial militar acusado de matar morador da comunidade Bola na Rede, no RecifeSegunda Vara do Tribunal do Júri do Recife realiza julgamento do policial militar acusado de matar morador da comunidade Bola na Rede, no Recife - Foto: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Foi retomado o júri popular referente ao caso Marcos Laurindo, na manhã desta quarta-feira (21), no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, no bairro da Joana Bezerra, centro do Recife. A seção de ontem durou mais de 12 horas e foi suspensa já à noite, quando três testemunhas e os pais foram ouvidos. Eles depuseram na condição de informantes, por terem parentesco com a vítima.

Hoje é a vez dos advogados e a promotoria se pronunciarem, com direito a réplica e tréplica. A seção é presidida pela juíza Maria Segunda Gomes de Lima.

Os policiais militares Diogo Pereira de Barros e Paulo Sérgio Reis da Silva são acusados de terem envolvimento na morte do jovem Marcos Laurindo, que aconteceu em maio de 2013, na comunidade Bola na Rede, Zona Norte do Recife. Ele foi morto a tiros por Diogo, que confessou ter disparado contra o jovem. Laurindo foi assassinado na frente dos pais e de uma criança de dois anos.

Diogo é réu por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe por impor medo com uso de truculência, e não ter dado chance de defesa à vítima), e Paulo por falso testemunho na fase de investigação com o objetivo de proteger o parceiro de farda.

Relembre o caso
Marcos Laurindo, de 21 anos, foi morto em 2013, dentro de casa, na frente dos pais e uma criança de dois anos, pelo PM Diogo Pereira de Barros, às 23h do dia 16 de maio de 2013.
 

Naquela noite, os pais viram o filho entrar em casa correndo, assustado, sendo perseguido pelo agente com a arma em punho. A mãe tentou segurar a mão do policial pedindo para que não atirasse em seu filho que implorava pela vida, mas foi empurrada. Viu e ouviu os disparos acertarem Marcos. A parede e o sofá da casa ficaram com as marcas dos disparos.

O pai ainda brigou para, pelo menos, ir junto da viatura que levou o seu filho, acompanhando-o já sem vida até o hospital.

Diogo foi excluído da corporação, após responder um processo disciplinar na Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS). Ele já havia respondido a outro processo de homicídio.

Já Paulo Sérgio da Silva foi punido com 30 dias de prisão administrativa por “tentar acobertar o supracitado crime, corroborando com a falsa existência de arma de fogo”, mas permanece na corporação até hoje.

Ambos responderam o processo em liberdade, pois o pedido de prisão preventiva feito pelo Ministério Público foi negado pela Justiça, em 2014.

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