Tecnologia

Justiça aprova que Zoom pague US$ 85 milhões para compensar usuários por 'Zoombombing'

Empresa era acusada de violar direitos de privacidade ao compartilhar dados pessoais com outras plataformas

ZoomZoom - Foto: Reprodução Newsletters PUBLICIDADE

A Justiça americana aprovou um acordo em que a empresa Zoom aceitou pagar US$ 85 milhões a usuários por violar direitos de privacidade ao compartilhar dados pessoais com Facebook, Google e LinkedIn, além de permitir que reuniões fossem interrompidas por piratas da informática, prática que ficou conhecida como "Zoombombing".

Um acordo preliminar foi protocolado em agosto do ano passado, mas a aprovação final foi concedida pela juíza federal Laurel Beeler, da Califórnia, nesta quinta-feira. O pagamento decorre de uma ação coletiva movida em 2020 por usuários da plataforma, incluindo um grupo de religiosos, que alegavam que a empresa havia violado sua privacidade e segurança.

A Zoom acordou ainda que vai adotar medidas de segurança como alertar os usuários quando os anfitriões da reunião ou outros participantes estejam utilizando aplicativos de terceiros nos encontros, e também oferecer treinamento especializado a seus colaboradores sobre privacidade e manipulação de dados. A empresa, no entanto, negou ter agido de forma irregular.

Segundo documentos judiciais, as mudanças em suas práticas de negócios serão projetadas para "melhorar a segurança das reuniões, reforçar as divulgações de privacidade e proteger os dados do consumidor".

Um dos advogados que representam a Zoom, Mark Molumphy classificou o acordo como "inovador". Em comunicado, disse que a empresa "implementaria práticas de privacidade que, daqui para frente, ajudarão a garantir que os usuários estejam seguros e protegidos".

Entre os episódios citados na ação, consta um interrupção durante uma aula de estudo bíblico promovida pela Igreja Luterana de São Paulo, em São Francisco, nos Estados Unidos. Segundo o processo, após a sessão, a Zoom permitiu que "um infrator conhecido" realizasse um "zoombombing".

Os participantes tiveram suas telas de computador sequestradas e seus botões de controle desativados enquanto eram forçados a assistir a vídeos pornográficos, incluindo imagens de abuso sexual infantil e abuso físico.

A prática de Zoombombing acontece quando reuniões realizadas pelo Zoom são invadidas com interrupções, exibição de pornografia ou uso de linguagem discriminatória e postagens de outros conteúdos perturbadores.

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