Justiça do Irã interdita lojas do ex-jogador Ali Daei por apoiar protestos
Ídolo do futebol iraniano declarou em novembro que recebeu ameaças por ter apoiado as manifestações desencadeadas pela morte de Mahsa Amini
A justiça do Irã interditou uma joalheria e um restaurante do ex-jogador Ali Daeli, por ter apoiado a convocação de uma greve de três dias lançada pelo movimento de protestos no país.
"Após sua cooperação com grupos contrarrevolucionários que operam na internet para perturbar a paz e o comércio, o restaurante e a joalheria de Ali Daei foram interditados", informou a agência Isna.
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Segundo a Isna, Daei tinha apoiado a greve pelo Instagram e fechado suas lojas.
O ídolo do futebol iraniano declarou em novembro que recebeu ameaças por ter apoiado as manifestações desencadeadas pela morte de Mahsa Amini, uma curdo-iraniana de 22 anos que morreu em 16 de setembro, três dias depois de de ter sido presa pela polícia da moral por não respeitar o rígido código de vestimenta imposta pelo regime.
Ali Daei decidiu não viajar ao Catar para acompanhar a Copa do Mundo pela "mortífera repressão" das autoridades do Irã contra os manifestantes".