Justiça francesa investiga morte de jornalista da AFP na Ucrânia como possível crime de guerra
Soldin, de 32 anos, foi morto junto às tropas ucranianas, foi bombardeado com mísseis Grad perto de Chasiv Yar
Uma investigação foi aberta nesta quarta-feira (10), na França, por crime de guerra após a morte, na Ucrânia, do jornalista da AFP Arman Soldin, informou a Procuradoria Nacional Antiterrorista francesa.
Soldin, de 32 anos, foi morto quando um grupo de repórteres da AFP que o acompanhava, junto às tropas ucranianas, foi bombardeado com mísseis Grad perto de Chasiv Yar, na bacia do Donbass (leste da Ucrânia).
Leia também
• Jornalista da AFP Arman Soldin morre em disparo de foguetes no leste da Ucrânia
• Morre o jornalista e marqueteiro Chico Santa Rita, aos 83 anos
A investigação, a cargo do Escritório Central de Combate aos Crimes contra a Humanidade e os Crimes de Ódio, tem como objetivo determinar as circunstâncias da morte do jornalista, coordenador da equipe de vídeo da AFP na cobertura da guerra da Ucrânia.
Soldin é pelo menos o décimo primeiro jornalista, guia ou motorista de jornalistas morto na Ucrânia desde o início da invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, segundo o registro das ONGs especializadas Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ).
A Procuradoria Nacional Antiterrorista (Pnat, na sigla em francês) tem jurisdição sobre crimes contra a humanidade e crimes de guerra.