Logo Folha de Pernambuco

Rio de Janeiro

Justiça nega pedido de habeas corpus de suspeito de matar o ator Jeff Machado

Em decisão, a desembargadora alegou que Bruno Rodrigues "estaria tentando entrar em contato com testemunhas, além de ter mudado de endereço sem informar à autoridade policial"

Bruno de Souza Rodrigues é apontado como principal suspeito na morte de Jeff Machado Bruno de Souza Rodrigues é apontado como principal suspeito na morte de Jeff Machado  - Foto: Reprodução

A desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat, da Primeira Câmara Criminal negou, nesta quarta-feira, o pedido de habeas corpus da defesa de Bruno de Souza Rodrigues.

Em sua decisão, a magistrada alegou que, além de estar embasada na lei aplicável ao caso, que o suspeito do crime tentou entrar em contato com testemunhas e não informou o endereço correto à polícia. O mérito da decisão ainda vai ser discutido pelos demais desembargadores da Câmara.

A desembargadora Katya Maria de Paula Menezes Monnerat relatou em sua decisão que há "razões objetivas e subjetivas para decretação da segregação cautelar do paciente (Bruno Rodrigues), como a fundada razão de autoria ou participação no crime investigado, bem como em informações de que o paciente estaria tentando entrar em contato com testemunhas". Em seguida, a magistrada ressaltou sobre a mudança de endereço "sem informar à autoridade policial". Ela explicou ainda que se trata de "investigação de crime doloso contra a vida, homicídio qualificado, além de ocultação de cadáver".

A defesa do produtor de TV Bruno Rodrigues pediu o habeas corpus a favor dele nesta terça-feira ao Tribunal de Justiça do Rio. No documento, o advogado João Maia alega que Bruno não precisa estar preso para que a investigação tenha prosseguimento, principalmente porque, agora, testemunhas já ouvidas pela polícia vão prestar novos depoimentos. O documento também explica que o produtor indicou à polícia o local do corpo, colaborando para a conclusão do inquérito.

O advogado argumentou no habeas corpus que: "muito ao contrário do que se ventila, o paciente foi peça fundamental para os avanços e desfechos da investigação. Ademais, desde que constituiu defesa nos autos do Inquérito Policial, colaborou efetivamente a investigação, pois: indicou o local do corpo; entregou a chave do imóvel onde estava o corpo; deu autorização para a busca sem necessidade de decisão judicial; acompanhou por meio de sua defesa a diligência de encontro de cadáver; entregou a chave da casa de Jefferson, carro e pertences".

Contra o produtor, há um mandado de prisão por homicídio e ocultação do cadáver de Jeff Machado, assassinado em 23 de janeiro. Na quinta-feira, a Justiça determinou a prisão temporária dos envolvidos no crime: Jeander Vinícius, preso na sexta, e Bruno, que segue foragido.

Entenda o caso
Jeff foi asfixiado com um fio de metal, na própria casa, em Guaratiba, colocado em um baú e transportado para uma casa alugada em Campo Grande, também na Zona Oeste. A polícia acredita que Jeander Vinícius cavou o buraco onde o baú, com o corpo do ator Jeff Machado, foi concretado. Já Bruno é apontado como o autor do assassinato. Ele teria asfixiado a vítima com um fio de metal.

Segundo as investigações Bruno teria matado Jeff, após aplicar um golpe por motivos financeiros. A polícia identificou que Bruno conheceu Jeff no período da pandemia e que já naquela época pediu R$ 20 mil ao ator sob a promessa de um papel em novela. Os dois são acusados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Veja também

Tombamento de usina é novo capítulo de luta pela memória da ditadura
ditadura

Tombamento de usina é novo capítulo de luta pela memória da ditadura

Brasil manifesta preocupação com violência após eleições em Moçambique
moçambique

Brasil manifesta preocupação com violência após eleições em Moçambique

Newsletter