Justiça nega pedido do advogado e João Victor vai continuar no Cotel
Juiz auxiliar da 1ª Vara do Tribunal do Júri alegou que a defesa não apresentou os documentos necessário para comprovar a dependência química do rapaz
A Justiça negou, nesta sexta-feira (1), o pedido da defesa de João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 25 anos, para transferi-lo do Centro de Observação Criminológica e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel) para uma clínica de tratamento. O advogado do rapaz, Manoel Marcos Soares de Almeida, vai recorrer da decisão. O juiz auxiliar da 1ª Vara do Tribunal do Júri, Ernesto Bezerra Cavalcanti, alegou que a defesa não apresentou os documentos necessário para comprovar a dependência química do rapaz.
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Pai de João Victor presta depoimento
Testemunhas detalham conduta imprudente de João Victor no dia do acidente
João Victor foi preso em flagrante depois de provocar uma trágica colisão que vitimou cinco pessoas. Ele dirigia alcoolizado. Três morreram; duas estão internadas no Hospital Santa Joana. O delegado responsável pelo caso, Paulo Jean, afirmou ter encerrado, na última sexta, a fase de depoimentos depois de ter ouvido cerca de 20 pessoas. O delegado contou que se debruçará neste fim de semana sobre o laudo pericial do Instituto de Criminalística (IC) e do Instituto de Medicina Legal (IML). Está previsto que o inquérito seja entregue ao Ministério Público até a próxima quarta.
Encerrando a ouvida de testemunhas, o empresário Bruno Leal, pai do motorista, compareceu à Delegacia de Polícia de Delitos de Trânsito, no bairro da Iputinga, para prestar esclarecimentos. O empresário depôs por cerca de 1h30, acompanhado pelo advogado. O advogado é a única pessoa a ter acesso a João Victor, que está preso no Cotel, que fica em Abreu e Lima, desde a última segunda-feira, por crime de atentado consumado contra a vida. Os familiares só poderão vê-lo no domingo, dia destinado às visitas.
Entenda o caso
A combinação de bebida, imprudência e alta velocidade é apontada pela polícia como a causa do acidente que deixou uma criança e duas mulheres mortas, entre elas uma grávida, na noite do último domingo (26), na Zona Norte do Recife. A colisão ocorreu às 19h32 no cruzamento da rua Cônego Barata com o início da Estrada do Arraial, no bairro da Tamarineira.
O Ford Fusion, placa NMN 3336, que era conduzido por João Victor Ribeiro de Oliveira Leal, 25 anos, trafegava em alta velocidade e ultrapassou um sinal vermelho, atingindo um Toyota RAV4, placa DEZ 9493, onde estava uma família. A mãe, Maria Emília Guimarães, de 39; e a babá Roseane Maria de Brito Souza, de 23, que estava grávida, morreram na hora. O filho do casal, Miguel Neto, que faria 4 anos no próximo mês, faleceu no hospital, durante cirurgia para conter uma hemorragia abdominal. Condutor do SUV da família, o pai, Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, de 45 anos, e a filha Marcela, de 5, continuam internados no Hospital Santa Joana.