Justiça sul-coreana estuda se vai prolongar detenção do presidente Yoon Suk-yeol
Tribunal deve decidir se liberta Yoon ou prolonga a sua detenção por cerca de vinte dias
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, compareceu, neste sábado, ao tribunal que deve decidir se vai prolongar sua detenção. Yoon, que foi suspenso e preso por impor brevemente a lei marcial em dezembro, falou durante 40 minutos, informou a agência de notícias Yonhap.
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Seu advogado, Yoon Kab-keun, disse à AFP que queria “restaurar sua honra” perante os juízes e que “explicou e respondeu fielmente aos fatos, evidências e questões jurídicas”. O tribunal deve decidir se liberta Yoon, o que é considerado improvável, ou prolonga a sua detenção por cerca de vinte dias.
Após a audiência, que durou cerca de cinco horas e terminou por volta das 18h50 no horário local (06h50 em Brasília), segundo um responsável judicial, espera-se uma decisão neste sábado ou na madrugada de domingo.
Quase 12 mil pessoas, segundo Yonhap, reuniram-se em frente ao tribunal para apoiá-lo com faixas "Libertem o Presidente". Dezesseis manifestantes foram presos por tentarem entrar à força no tribunal, informaram jornalistas da AFP.
Yoon deixou o tribunal em uma van azul do Ministério da Justiça em direção ao centro de detenção de Seul, onde está detido. Se o tribunal prolongar a sua detenção, dará aos procuradores tempo para formalizar a acusação de insurreição, punível com prisão perpétua ou mesmo pena de morte, se ele for considerado culpado.
Yoon é acusado de ter desestabilizado o país ao declarar repentinamente a lei marcial em 3 de dezembro, o que pouco depois invalidou a Assembleia Nacional dentro de um parlamento cercado por soldados.
Em 15 de janeiro, foi preso pela polícia e investigadores anticorrupção em sua residência oficial, após uma operação que durou seis horas.
A Assembleia Nacional adotou uma moção para o destituir do cargo em 14 de Dezembro, o que levou à sua suspensão, embora oficialmente continue a ser o presidente do país e apenas o Tribunal Constitucional tenha o poder de revogar o seu mandato.