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EUA

Kamala e Trump focam em latinos e migração a cinco dias das eleições

Kamala diz compreender os latinos melhor do que ninguém, pois é filha de imigrantes e, ao contrário do magnata, não cresceu cercada de riqueza

Kamala Harris e Donald TrumpKamala Harris e Donald Trump - Foto: Angela Weiss/AFP

Kamala Harris fará campanha com Jennifer Lopez e as bandas Maná e Los Tigres del Norte nesta quinta-feira (31) em busca do voto latino no Arizona e em Nevada, dois estados muito disputados do oeste do país, onde Donald Trump reforçará sua retórica antimigratória.

O ex-presidente e candidato republicano tem programadas uma entrevista com o jornalista conservador Tucker Carlson no Arizona e um comício em Nevada. Também irá ao Novo México.

Trump prometerá acabar com "a invasão" de migrantes em situação irregular por meio de uma deportação em massa, como faz em todos os seus comícios. Ele cham os migrantes de "assassinos" e sugere que eles "envenenam o sangue" dos Estados Unidos.

O encontro acontece um dia após Trump subir em um caminhão de lixo para protestar contra um deslize do atual presidente: "Joe Biden finalmente disse o que ele e Kamala realmente pensam sobre os nossos apoiadores. Ele os chamou de lixo", protestou o republicano, apesar de a democrata ter se ter distanciado das palavras de Biden, ao afirmar que discorda de qualquer crítica a uma pessoa com base em seu voto.

Posteriormente, o presidente disse que se referia "à retórica odiosa" de um comediante apoiador de Trump que declarou, em um comício do magnata em Nova York, que Porto Rico é uma "ilha flutuante de lixo".

O comentário não agradou os porto-riquenhos, que não podem votar na ilha, mas sim nos estados continentais. E nestas eleições, com um empate técnico, todos os votos contam.

Os latinos tendem a votar nos democratas, mas nos últimos anos os republicanos reduziram sua vantagem.

A última pesquisa do New York Times/Siena dá à vice-presidente 52% das intenções de voto entre os latinos contra 42% de seu adversário republicano.

A ex-procuradora tenta reverter a tendência, sobretudo nos sete estados-pêndulo que, segundo as pesquisas, decidirão a próxima pessoa a ocupar a Casa Branca.

Kamala diz compreender os latinos melhor do que ninguém, pois é filha de imigrantes e, ao contrário do magnata, não cresceu cercada de riqueza.

Sua equipe de campanha multiplicou os anúncios em todos os tipos de meios de comunicação em espanhol, inglês e 'spanglish', para chegar até eles.

Investindo em jingles ao ritmo da cumbia, Kamala também fará um comício em Nevada nesta quinta-feira com a participação da banda mexicana Maná. A cantora pop Jennifer Lopez também estará presente e fará um discurso.

Outro comício será realizado em Phoenix, no Arizona, ao som da banda Los Tigres del Norte, um grupo popular entre os mexicanos.

À medida que as eleições se aproximam, crescem as preocupações sobre uma possível contestação dos resultados, e até mesmo a eclosão de violência, caso Trump não vença.

O ex-presidente nunca admitiu a derrota em 2020 e já começou a falar em "fraude" na Pensilvânia, um dos estados mais cobiçados do nordeste do país.

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